quarta-feira, 5 de novembro de 2025

PRODUÇÃO DE TEXTO - III TRIMESTRE

 

PRODUÇÃO DE TEXTO - III TRIMESTRE 

ALGUMAS PROPOSTA DE REDAÇÃO


Proposta 1 
A lógica do engajamento 

O apelo pela resposta em grupo e ameaças ao individualismo

Para alguns pensadores, a lógica do engajamento permite a ascensão política, provoca a adesão de consumistas, ameaça a criticidade, burla a autoria e permite a disseminação ideológica.

Proposta 2

Sociedade performática 


Uma sociedade performática: lutas e concorrência para ser notado nas redes digitais.

Para trazermos uma crítica sobre o fenômeno da performance nas redes digitais, poderíamos parodiar René Descartes com a seguinte expressão: "Sou performático, logo existo". 

Proposta 3

Geração Z faz protestos em diversas partes do mundo: pautas legítimas ou "rebeldia sem causa"? 


Uma onda de revoltas está se espalhando por vários países do sul global, os protagonistas são jovens de uma geração que nasceu conectada num mundo digital - a narrativa ocidental os classifica como a Geração Z - essas mobilizações se organizam através de plataformas de redes sociais, as principais reivindicações são demandas justas, envolvendo temas variados que se chocam com governos de plantão com embates violentos contra forças policiais. Em quase todos esses protestos, a bandeira do pirata de chapéu de palha está presente, um símbolo do mundo pop contemporâneo - anime One Piece - que foi apropriado por uma juventude que está disposta a lutar por seus sonhos e melhores condições de vida.

Para quem acompanhou as mobilizações de junho de 2013 no Brasil, manifestações com essas características não são novidades; jovens com demandas justas organizam mobilizações utilizando plataformas digitais e símbolos do mundo pop como alegorias. Nesse caso brasileiro, quem não se lembra da popularidade das máscaras do filme V de vingança presente em várias manifestações? Acontece que os desdobramentos no Brasil não acabaram bem, a disputa pela direção e pela pauta da revolta dos 20 centavos (a luta contra o aumento da passagem nos transportes e pelo passe livre) foi gradualmente capturada e transfigurada pela extrema direita. Os erros das forças de esquerda, tanto de quem estava no governo como também nas manifestações de rua, aliados à manipulação das plataformas digitais e veículos da mídia tradicional, levaram toda a energia das ruas para o comando de organizações radicais de direita que se estruturaram surfando na onda da tensão social do momento. O resultado foi a queda do governo Dilma, e posteriormente a ascensão de Bolsonaro ao poder; uma contrarrevolta de extrema direita logrou uma vitória que custa muito caro até hoje para o Brasil.

Por essas e outras que a confusão em entender e caracterizar as manifestações que surgem nesse momento divide opiniões e nos obriga a tratar do tema com responsabilidade, profundidade e com máxima dialética, pois essa onda já chegou na América do Sul e pode inclusive aparecer no Brasil. Saber lidar com as disputas em relação a essas mobilizações será determinante, um erro à esquerda ou à direita pode ser fatal e decidir o futuro do país. A mobilização da “geração Z” é mais um episódio da luta de classes, mas precisamos reconhecer que as condições da arena política no século XXI são mais complexas, o ciberespaço digital não é neutro, em sua maioria está sob o controle de forças reacionárias, opera com interesses geopolíticos e tem potencial para instrumentalizar e manipular mobilizações de caráter justo para satisfazer interesses hegemônicos.

A simbologia One Piece...

One Piece é uma série de mangá japonês escrita e ilustrada por Eiichiro Oda desde o final da década de 90. É a obra desse estilo mais vendida do mundo, com mais de 500 milhões de cópias, além de uma versão anime e uma série recente na Netflix, que é acompanhada por milhões de jovens globalmente. O enredo trata de um grupo de amigos piratas, liderados pelo jovem que usa um chapéu de palha chamado Luffy, em suas aventuras fantásticas, o objetivo estratégico é encontrar o maior tesouro do mundo para se tornar o rei dos piratas. Durante essa caminhada há encontros com povos de várias regiões controladas por um governo mundial, aos quais Luff e seu bando, acabam se envolvendo em batalhas espetaculares que tem em seu contexto temas sociais e políticos. Inevitavelmente esse famoso mangá inspira a juventude, pelo carisma, pelo roteiro envolvente e pela justeza de vários temas, como a luta contra injustiças sociais, antirracismo, anti-imperialismo, liberdade etc. Como também há episódios contraditórios que poderiam ser classificados como temas conservadores, reacionários, e que abrem um debate enorme nas redes sociais sobre qual seria a ideologia dessa obra. Luffy que é o personagem principal, tem como principal característica a luta pela liberdade, mas num sentido anárquico e sem um programa muito nítido. Em tempos de anarcocapitalismo, tudo fica difuso sobre o sentido ideológico real desse anime/mangá. Mas talvez essa ambiguidade seja parte do sucesso do seu alcance e contribua para que essa simbologia possa transitar tanto no espectro de direita como de esquerda.

Disponível em: https://revistaforum.com.br/opiniao/2025/10/17/os-protestos-da-gerao-so-progressivos-ou-reacionarios-190048.html Acesso em: 5 nov. 2025.

Proposta 4

Segurança pública no Brasil



Proposta 5

Analfabetismo funcional não apresenta melhora e alcança 29% dos brasileiros, mesmo patamar de 2018, aponta novo levantamento do Inaf

Entre jovens, analfabetismo funcional oscilou negativamente. Em 2018, 14% dos jovens de 15 a 29 anos estavam na condição de analfabetos funcionais, e o percentual aumentou para 16% em 2024

05 maio 2025

Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/analfabetismo-funcional-nao-apresenta-melhora-e-alcanca-29-por-cento-dos-brasileiros-mesmo-patamar-de-2018-aponta-novo-levantamento-do-inaf Acesso em: 5 nov. 2025.

Em 2022, analfabetismo cai, mas continua mais alto entre idosos, pretos e pardos e no Nordeste

  • A taxa de analfabetismo recuou de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2022. O Nordeste tinha a taxa mais alta (11,7%) e o Sudeste, a mais baixa (2,9%). No grupo dos idosos (60 anos ou mais) a diferença entre as taxas era ainda maior: 32,5% para o Nordeste e 8,8% para o Sudeste. 
  • Das 9,6 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabiam ler e escrever, 59,4% (5,3 milhões) viviam no Nordeste e 54,1% (5,2 milhões) tinham 60 anos ou mais. 
  • Entre as unidades da federação, as três maiores taxas de analfabetismo foram observadas no Piauí (14,8%), em Alagoas (14,4%) e na Paraíba (13,6%) e as menores, no Distrito Federal (1,9%), Rio de Janeiro (2,1%) e em São Paulo e Santa Catarina (ambos com 2,2%). 
  • Entre as pessoas pretas ou pardas com 15 anos ou mais de idade, 7,4% eram analfabetas, mais que o dobro da taxa encontrada entre as pessoas brancas (3,4%). No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo dos brancos foi de 9,3%, enquanto entre pretos ou pardos ela chegava a 23,3%. 



  • Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37089-em-2022-analfabetismo-cai-mas-continua-mais-alto-entre-idosos-pretos-e-pardos-e-no-nordeste Acesso em: 5 nov. 2025.


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