sábado, 21 de setembro de 2024

TÓPICOS DE REVISÃO DE REVISÃO - 2024

 


Tópicos de revisão:

01.  Comparação entre textos: charge e notícia, recursos linguísticos.

Disponível em: <https://jc.ne10.uol.com.br/charge-do-dia> Acesso em: 21 set. 2024.


Governo Lula amplia multas para incêndios ilegais em meio a seca histórica

A medida institui uma multa de R$ 10 mil por hectare ou fração de terra pelo início da queimada em floresta e outras vegetações nativas

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou um decreto nesta sexta-feira, 20, que aumenta e institui novas multas para os responsáveis por provocar incêndios florestais e em outras vegetações no País. A determinação ocorre em um momento no qual o País registra um recorde no número de queimadas, com o dobro do registrado no ano...

Fragmento de texto. Disponível em: < https://jc.ne10.uol.com.br/brasil/2024/09/21/governo-lula-amplia-multas-para-incendios-ilegais-em-meio-a-seca-historica.html> Acesso em: 21 set. 2024.



02.   Comparação entre sonetos de Gregório de Matos (Boca do Inferno). Analise os poemas que seguem, conforme apontamentos da aula presencial. 

ESTUDEM MAIS! Vejam a diferença entre: redondilha menor (pentassílabo), redondilha maior (heptassílabo) e decassílabos.

À DESPEDIDA DO MAU GOVERNO QUE FEZ O GOVERNADOR DA BAHIA

Senhor Antão de Sousa de Menezes,
Quem sobe ao alto lugar, que não merece,
Homem sobe, asno vai, burro parece,
Que o subir é desgraça muitas vezes.

A fortunilha, autora de entremezes
Transpõe em burro o herói, que indigno cresce:
Desanda a roda, e logo homem parece,
Que é discreta a fortuna em seus reveses.

Homem sei eu que foi Vossenhoria,
Quando o pisava da fortuna a roda,
Burro foi ao subir tão alto clima.

Pois vá descendo do alto onde jazia,
Verá quanto melhor se lhe acomoda
Ser homem em baixo, do que burro em cima.

 

A OUTRA FEIRA, QUE SATIRIZANDO A DELGADA FISIONOMIA DO POETA LHE CHAMOU PICA-FLOR

Se pica-flor me chamais,
Pica-flor aceito ser,
Mas resta agora saber
Se no nome, que me dais,
Meteis a flor, que guardais
No passarinho melhor!
Se me dais este favor, 
Sendo só de mim o pica,
E o mais vosso, claro fica
Que fico então pica-flor.

 

À CIDADE DA BAHIA

Triste Bahia! oh, quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado,
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mim abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh, se quisera Deus que, de repente,
Um dia amanheceras tão sizuda
Que fora de algodão o teu capote!

 

AOS CARAMURUS DA BAHIA

Um calção de pindoba, a meia zorra
Camisa de urucu, mantéu de arara,
Em lugar de cotó arco e taquara
Penacho de guarás em vez de gorra.

Furado o beiço, e sem temor que morra
O pai, que lho envasou c’uma titara
Porém a Mãe a pedra lhe aplicara
Por reprimir-lhe o sangue que não corra.

Alarve sem razão, bruto sem fé,
Sem mais leis que a do gosto, quando erra
De Paiaiá tornou-se em abaité.

Não sei onde acabou, ou em que guerra:
Só sei que deste Adão de Massapé
Procedem os fidalgos desta terra.


03.  Sobre Os Rios Turvos, de Luzilá Gonçalves Ferreira


Deteve-se um instante, suspirou longamente, liberta. Olhou então o céu de Olinda. A transparência do ar, que recortava as coisas na paisagem, a envolveu. Os coqueiros com suas palmas e seus enormes frutos brilhantes no alto, o verde intenso das mangueiras e até a nitidez das pedras de Cantareira sob os pés, tudo lhe falava aos sentidos, cúmplices do excesso de existência que trazia em si, que sufocara diante do visitador e que continuava ali fora, intenso e belo. (FERREIRA, 1993, p. 14).

Então lhe vieram à memória os primeiros tempos do encontro deles, da vida deles, enquanto descia a rua de São Bento, e o vulto do mosteiro, com sua torre recortando o céu de Olinda, lhe tirava, por um tempo, a visão do mar. E revia os lugares que haviam sido a paisagem de suas existências, Espírito Santo, Igarassu, que tinha presenciado as metamorfoses várias pelas quais haviam passado, eles e o amor. (FERREIRA, 1993, p. 15).



Comparação com o século XVII, Bento Teixeira, Filipa Raposa, donatário de Pernambuco, Jorge Albuquerque Coelho; Prosopopeia (analise trechos citados durante a aula) etc.

Prosopopeia, trecho sobre a descrição de Recife e Pernambuco.

XVII

Pera a parte do Sul, onde a pequena

Ursa se vê de guardas rodeada,

Onde o Céu luminoso mais serena

Tem sua influição, e temperada;

Junto da Nova Lusitânia ordena

A natureza, mãe bem atentada,

Um porto tão quieto e tão seguro,

Que pera as curvas Naus serve de muro.

XVIII

É este porto tal, por estar posta

Uma cinta de pedra, inculta e viva,

Ao longo da soberba e larga costa,

Onde quebra Neptuno a fúria esquiva.

Ante a praia e pedra descomposta,

O estanhado elemento se deriva

Com tanta mansidão, que a fateixa

Basta ter à fatal Argos aneixa.

XIX

Em o meio desta obra alpestre e dura,

a boca rompeu o Mar inchado,

Que, na língua dos bárbaros escura,

Pernambuco de todos ‚ chamado.

de Para’na, que é Mar; Puca, rotura,

Feita com fúria desse Mar salgado,

Que, sem no derivar cometer míngua,

Cova do Mar se chama em nossa língua.

XX

Pera entrada da barra, à parte esquerda,

Está na lajem grande e espaçosa,

Que de Piratas fora total perda,

Se a torre tivera sumptuosa.

Mas quem por seus serviços bons não herda

Desgosta de fazer cousa lustrosa,

Que a condição do Rei que não é franco

O vassalo faz ser nas obras manco.

04.  SSA  - 2019: Capela Dourada, Teatro de Santa Isabel, Chegada dos Portugueses; poemas de Gregório.



05.  Moda barroca no século XXI – análise de texto e comparação com o estilo barroquista do século XVII

06.  Análise de imagem de escultura; O êxtase de Santa Teresa, de Bernini


Imagem: O Êxtase de Santa Teresa, de Bernini.


07.  Las meninas, de Velázquez.

Imagem: Diego da Silva Velázquez (1599-1660), Las Meninas, 1656-57. Óleo sobre tela, 3.18x2,76. Museu do Prado, Madrid.


08.  Sermão da Sexagésima, de Antônio Vieira

09.  Estilística: Faltando um pedaço, de Djavan; 

LINK AQUI => Faltando um pedaço

Exemplo: "O amor é um grande laço" => metáfora

Olê, olê (olê, olá), de Chico Buarque;

LINK AQUI =>  Olê, olê (olê...olá), de Chico Buarque

Exemplos: "Felicidade aqui pode passar e ouvir" e "Que a dor é tão velha que pode morrer" => ambos os casos, temos personificação.

 Caçador de mim, de Milton Nascimento;

LINK AQUI => Eu caçador de mim, de Milton Nascimento

Preso a canções/ Entregue a paixões/ Que nunca tiveram fim..." => Há aqui, claramente, um caso de hipérbole.

 Metade, de Adriana Calcanhotto;

LINK AQUI => Metade, de Adriana Calcanhotto

Exemplo: "Eu perco o chão/ Eu não acho palavras..." Temos um caso de hipérbole.

 Tropicália, de Caetano Veloso.

LINK AQUI => Tropicália, de Caetano Veloso

Exemplo: "Viva a mata, tá, tá/ Viva a mulata, tá, tá, tá, tá/ Viva a mata, tá, tá/ Viva a mulata, tá, tá, tá, tá" => Nesta aliteração, que se constrói em torno do /t/ que é um segmento "oclusivo alveolar desvozeado", ocorre, ao mesmo tempo, uma onomatopeia. Como citei nas aulas, Ezra Pound menciona a existência de uma melopeia, isto é,  uma melodia. Em outras palavras, uma imagem provocada pela sonoridade. Percebe-se, portanto, a imagem de uma metralhadora disparando. Tal imagem faz referência a um passado histórico de repressão militar.


10.  Sermão de Santo Antônio aos Peixes, de Antônio Vieira (leitura de Massaud Moisés).

11.  Estilística a partir do poema de Carlos Pena Filho.

Exemplo:

Carlos Pena Filho

SONETO DO DESMANTELO AZUL

Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas,

Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.


12.  Estilística, fonética e fonologia, ponto de articulação (poemas de Cruz e Sousa, Ascenso Ferreira, canções de Chico Buarque, como: Passaredo e Morena de Angola. Além disso, estudem a canção Tropicália, de Caetano Veloso.

Exemplos de classificação de segmentos consonantais:

/p/ oclusiva bilabial desvozeada (surdo: glote aberta)

/b/ oclusiva bilabial vozeada (sonoro: glote fechada)

/t/ oclusiva alveolar desvozeada (surdo: glote aberta)

/d/ oclusiva alveolar vozeada (sonoro: glote fechada) 


13.   Contexto histórico e produção literária no Barroco brasileiro.

14.  Fonética e Fonologia, mudança linguística e ortografia. Como a fonética e a fonologia podem auxiliar no entendimento das variedades linguísticas (como a variação diatópica) e na ortografia. Estude: número de letras e número de fonemas, alofone: /d/ e /t/, dígrafo (inclusive, dígrafo vocálico, como em: vento: 5 letras e 4 fonemas); glide: ditongo decrescente - monotongação - isto é: a tendência de apagar a glide, por exemplo: peixe (pessoas em processo de alfabetização apagam a glide "i"; nas palavras touro e andou, há a monotongação da glide "u", o que interfere na ortografia). 


15.  Comparação entre textos: charge e notícia. Contexto político brasileiro atual. Semelhante ao tópico 01. 

Charge: Bicudinho, de Caco Galhardo. Folha de São Paulo. Disponível em: https://www.folha.uol.com.br/ Acesso em: 22 set. 2024.

Datena dá “cadeirada” em Pablo Marçal durante debate na TV Cultura

A direção da emissora decidiu expulsar Datena do debate, enquanto Pablo Marçal, após sentir um mal-estar. Deixou o debate

Em meio à discussão em debate na TV Cultura, o candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) usou uma cadeira para agredir o também candidato Pablo Marçal (PRTB). A emissora interrompeu o debate imediatamente enquanto funcionários da equipe da televisão foram conter a briga.

A direção da emissora decidiu expulsar o tucano com o debate, enquanto Pablo Marçal, após sentir um mal-estar, deixou os estúdios da TV Cultura. Em nota, Marçal afirmou que deixou o estúdio em uma ambulância com “suspeita de fratura na região torácica e muita dificuldade para respirar”.

Os demais candidatos decidiram prosseguir com o debate, que é realizado no Teatro B32.

Na ocasião, o candidato do PRTB, que estava com a palavra, perguntou ao jornalista que horas ele, “vai parar” de concorrer nas eleições 2024. Ela ainda chamou Datena de “Dapena” e descreveu a campanha do candidato como “palhaçada”. Em resposta, Datena recriminou acusações feitas por Marçal de que o candidato do PSDB teria envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Marçal provocou novamente o tucano, dizendo que “São Paulo quer saber que horas você vai parar”. Ele continuou: “Você é um arregão. Você atravessou o debate outro dia para me dar um tapa, mas nem para isso você é homem”. Foi nesse momento que Datena acertou a cadeira em Marçal.

Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/politica/2024/09/datena-da-cadeirada-em-pablo-marcal-durante-debate-na-tv-cultura.html Acesso em: 22 set. 2024.



domingo, 8 de setembro de 2024

ESTILÍSTICA - VAMOS EXERCITAR COM CANÇÕES?

 



DESTAQUE AS FIGURAS DE LINGUAGEM QUE PREVALECEM NAS CANÇÕES A SEGUIR.

--------------------



FINAL FELIZ, de Jorge Versillo

LINK Final Feliz, de Jorge Versillo

---------------------




IOLANDA, de Pablo Milanes 

LINK Iolanda (original)

--------------------




OCEANO, de Djavan

LINK Oceano, de Djavan

--------------------


JOÃO E MARIA, de Chico Buarque 

LINK João e Maria de Chico Buarque


--------------------


OLÊ, OLÊ (OLÊ, OLÁ), Chico Buarque 

LINK Olê, olê (olê, olá), Chico Buarque


--------------------



CAÇADOR DE MIM, de Milton Nascimento

LINK Caçador de mim, de Milton Nascimento

--------------------




METADE, de Adriana Calcanhotto

LINK Metade, Adriana Calcanhotto


---------------------