terça-feira, 10 de novembro de 2020

EM DIA COM O SSA - UPE

 🙋Atenção, feras! 👀

As provas do SSA-UPE ocorrerão nos dias 4 e 5 de fevereiro de 2021.


✅CURSOS MAIS CONCORRIDOS:

Número de candidatos por vaga.

1o. lugar  => Medicina (unidade de Serra Talhada, no Sertão) => 36,63

2o. lugar => Direito (campus Benfica, no Recife) => 35, 20

3o. lugar => Medicina (no campus de Garanhuns, no Agreste) => 34,63 

PARA COTISTAS 

1o. lugar => Medicina (unidade Serra Talhada, no Sertão) => 51

2o. lugar => Odontologia (Arcoverde) => 39,50

3o. lugar => Enfermagem (Petrolina)  => 31,25

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

ADVÉRBIO E LOCUÇÃO ADVERBIAL - AULA PRESENCIAL - 6/11/2020 - 2os. ANOS - ENSINO MÉDIO

 

🙋RESUMO DA AULA PRESENCIAL DE HOJE (6/11/2020)


Na aula de hoje, estudamos o advérbio aplicado ao texto.  Assim, antes de iniciar a explanação sobre os aspectos gramaticais, fiz algumas considerações sobre o texto extraído do jornal Diário de Pernambuco (1º/11/2020), cujo título é: “Após aumento de casos da Covid-19, praias do Recife seguem registrando aglomerações”. Para melhor situar os estudantes, expliquei as características dos gêneros da esfera jornalística, como notícia e reportagem. Em seguida, destaquei a locução adverbial de tempo, que se encontra na manchete, isto é, “após aumento de casos da Covid-19”.  Além disso, justifiquei o "uso da vírgula" e frisei a intencionalidade de se deslocar essa expressão adverbial (ou, sintaticamente, adjunto adverbial). Ao passar para o texto, levantei questões sobre a ideia central do texto e sobre a diferença entre fato e opinião. Ao longo da leitura, destaquei as principais locuções adverbiais do texto, como: “na praia do Pina” (lugar), “na Zona Sul do Recife” (lugar), “há mais de três meses” (tempo), “na região” (lugar), “no mesmo ponto” (lugar), “há 40 anos”, “após Pernambuco registrar aumento da média móvel de casos da Covid-19 por cinco dias consecutivos" (tempo), “nas praias do Grande Recife” (lugar), “no domingo de feriadão” (tempo), só para citar alguns. À medida que eu explicava o plano gramatical aplicado ao texto, escrevia na lousa alguns tópicos e desenhava um esquema para facilitar a compreensão dos estudantes. 

Por fim, recomendo que todos acompanhem o material que encaminhei para a plataforma Google Classroom. Diante disso, é fundamental, portanto, que todos realizem os exercícios (tanto as questões objetivas, quando as questões discursivas) e devolvam dentro do prazo.

Muitíssimo grato!

Leonardo Ferreira 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

PARNASIANISMO - 2os. ANOS - ENSINO MÉDIO

ENSINO MÉDIO - 2os. ANOS - IV UNIDADE  

AULA DO DIA 28/10/2020 (continuação dia 29/10/2020).

Prezados protagonistas, boa noite!
Na aula presencial de hoje, escrevi alguns tópicos na lousa e expliquei cada um deles a partir de exemplos. Assim, iniciei pela origem da palavra Parnasianismo, que vem de "Parnaso", ou seja, monte consagrado a Apolo (deus da beleza). Em seguida, entrei em detalhes sobre a origem francesa do movimento ao expor o tópico “Parnasse contemporain”. Nesta mesma sequência, citei alguns escritores que mais se destacaram na França. Uma vez que o Parnasianismo tem grande expressividade nesse país europeu, destaquei em língua francesa a principal característica desse estilo de época, isto é, “L’art pour l’art” (Arte pela arte). Nesse particular, citei as artes plásticas, a escultura e a produção literária em forma de “soneto”.
Em outro momento, apresentei o livro que introduziu o Parnasianismo no Brasil, quer dizer, "Fanfarras" (1822), de Teófilo Dias. Depois, escrevi na lousa o nome dos principais representantes: (1) Olavo Bilac, (2) Alberto de Oliveira e (3) Raimundo Correia. Nessa lógica, frisei que esse grupo compõe a famosa "tríade parnasiana". Com isso, lembrei os estudantes sobre uma das questões enviadas ao Google Classroom (ACOMPANHE NA SEQUÊNCIA ABAIXO).
Ao explorar o texto, expus o poema “Nel Mezzo del Cammin”, de Dante Alighieri (1265-1321). Para melhor entender essa fonte original, fiz a leitura em italiano sequenciada pela tradução dos versos. Mais adiante, comparei o poema de Olavo Bilac (que apresenta o mesmo título) com a produção de Alighieri. Além disso, fiz comentários sobre a poética de Alberto de Oliveira e sobre Raimundo Correia.

...........................
TEXTO 1
NEL MEZZO DEL CAMMIN

Nel mezzo del cammin di nostra vita
No meio do caminho desta vida
Mi ritrovai per una selva oscura
Vi-me perdido numa selva escura
Ché la diritta via era smarrita
Solitário sem sol e sem saída
Ah, quanto a dir qual era è cosa dura
Ah, como dizer o que foi era difícil
Esta selva selvagglia e aspera e forte
desta selva selvagem, dura e forte
Che nel pensier renova la paura
que só de eu pensar, me desfigura (ou renova o medo).
(La Divina Commedia, de Dante Alighieri).

.......................................
TEXTO 2

Observem o texto de Olavo Bilac.

NEL MEZZO DEL CAMIN... (diferente do original Cammin, que se escreve com "mm")

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje, sempre de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
(Poesias, Sarças de fogo, 1888.)

ATENÇÃO! Fiz comparação entre o eu lírico que aparece no poema "Nel Mezzo del Cammin", de Dante Alighieri frente ao eu lírico presente no poema de Olavo Bilac.
....................................................

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (Rio, 1865-1918)

Língua portuguesa (Olavo Bilac)

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!


Profissão de fé (Olavo Bilac)

Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
faz de uma flor.

Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro

Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel

Corre; desenha, enfeita a imagem,
A ideia veste:
Cinge-lhe ao corpo da ampla
roupagem Azul-celeste.

Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim. (Observe esta variante de rubi)

Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem defeito...
.......................................
Antônio Mariano Alberto de Oliveira (Rio de Janeiro, 1857-1937)
Vaso chinês (Alberto de Oliveira)

Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármore luzidio
Entre um leque e o começo de um bordado

Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente de um calor sombrio,

Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura;

Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa

Vaso grego (Alberto de Oliveira)

Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deus servir como casada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servir

Era o poeta de Teos que o suspendia
Então, e, ora repleta ora esvasada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada

Depois... Mas, o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora de doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz Anacreonte fosse poeta

Raimundo Correia (São Luís, Maranhão,1859 - Paris, França, 1911).

Harmonias de uma noite de verão (Raimundo Correia)

Esta, de fel mesclada e de doçura,
Melancolia augusta e vespertina,
Que, com a sombra, avulta, cresce, invade
e enche de luto a natureza inteira...
Esse outro bardo, o sabiá, não trina
Nos galhos da cheirosa laranjeira;
E, ao silêncio e ao torpor cedendo, cerra
O dia os olhos no Ocidente absortos;
(...)

.................................................
🙋ATIVIDADE
.................................................

Responda

01.  O que foi o Parnasianismo?

02.  Por que o projeto literário do Parnasianismo se define como antirromântico?

03.  Que características literárias assume a poesia parnasiana?

Observe cuidadosamente as três imagens a seguir:

IMAGEM 1 

Espelho de Vênus, Edward Burne-Jones (1875) 120 x 200 cm



IMAGEM 2 


Vaso grego


IMAGEM 3 

Apolo e as musas no monte Parnaso, de Claude Gellée, representa a concepção mitológica do monte Parnaso, que deu origem ao nome do movimento parnasiano.

Responda:

01.    Diante do contexto do estudo sobre Parnasianismo, que relação há entre as três imagens?

02.    Que diferença há entre o bloco Realismo e Naturalismo frente ao Parnasianismo? Justifique.

03.    Pesquise um poema parnasiano que se aproxima da ideia contida na imagem 2.

04.    Quem foi a tríade parnasiana no Brasil? Cite um poema para cada um deles.






01.              Leia e responda:

Torce, aprimora, alteia, lima

A frase; e, enfim,

No verso de ouro engasta a rima,

Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina,

Dobrada ao jeito

Do ourives, saia da oficina

Sem um defeito:

(...)

Assim procedo. Minha pena

Segue esta norma,

Por te servir, Deusa serena,

Serena Forma!

(...)

a) A qual estilo de época pertencem esses versos? __________________________________________

b) Transcreva os versos em que o poeta personifica o objeto de sua devoção.

__________________________________________________________________________________________

02.  “Tu, artista, com zelo, Esmerilha e investiga!Níssia, o melhor modeloVivo, oferece, da beleza antiga.Para esculpi-la, em vão, árduos, no meioDe esbraseada arena,Batem-se, quebram-se em fatal torneio,Pincel, lápis, buril, cinzel e pena.”[...]

O trecho evidencia tendências ___________ , na medida em que ______________ o rigor formal e utiliza-se de imagens _____________.

 

a) românticas - neutraliza - abstratas

b) simbolistas - valoriza - concretas

c) parnasianas - exalta - mitológicas

d) simbolistas - busca - cotidianas

e) parnasianas - evita – prosaicas

03. Para responder a esta questão, considere os versos.

Longe do estéril turbilhão da rua,

Beneditino, escreve! No aconchego,

Do claustro, na paciência e no sossego,

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego

Pelas características desse texto, é correto afirmar que pertence à estética

a) simbolista; seu tema é a entrega às sensações geradas pela poesia; o trabalho do poeta é suscitar imagens fortes.

b) romântica; seu tema é a evasão no espaço; o trabalho do poeta é visto como extravasamento da emoção.

c) parnasiana; seu tema é a própria poesia; o trabalho do poeta é visto como busca da perfeição formal.

d) modernista; seu tema é a agitação da vida moderna; o trabalho do poeta é visto como registro dessa agitação.

e) barroca; seu tema é a religiosidade; o trabalho do poeta é visto como sacrifício.

04. Leia e responda

 

 AS POMBAS

Vai-se a primeira pomba despertada...

Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas

De pombas vão-se dos pombais, apenas

Raia sanguínea e fresca a madrugada

E à tarde, quando a rígida nortada

Sopra, aos pombais, de novo, elas, serenas

Ruflando as asas, sacudindo as penas,

Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,

Os sonhos, um por um, céleres voam

Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,

Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam

E eles aos corações não voltam mais...

(Raimundo Correia)

 

O poema é um soneto; porque tem:

a) dois quartetos e dois tercetos.

b) rima.

c) medida.

d) ritmo.

e) sonoridade.

05.  Assinale a alternativa cujos termos preenchem corretamente as lacunas do texto inicial.

Esses poetas dedicavam-se, muitas vezes, a escrever sobre um "vaso grego", uma "taça de coral", uma "brilhante copa". Ao mesmo tempo em que admiravam os "áureos relevos", o "fino lavor" e o som "canoro e doce" desses objetos, viam-se a si mesmos como artesãos do verso, verdadeiros "ourives" da língua. Essa tendência preciosista teve em .................. e ................. dois dos principais representantes, dentro do estilo ................... .

 

a) Castro Alves e Gonçalves Dias - romântico.

b) Olavo Bilac e Alberto de Oliveira - parnasiano.

c) Gonçalves Dias e Olavo Bilac - romântico.

d) Alberto de Oliveira e Castro Alves - parnasiano.

e) Gonçalves Dias e Alberto de Oliveira - parnasiano.

 

06. Leia e responda.

 PERFEIÇÃO

Nunca entrarei jamais o teu recinto:

Na sedução e no fulgor que exalas,

Ficas vedada, num radiante cinto.

De riqueza, de gozos e de galas.

Amo-te, cobiçando-te... E, faminto,

Adivinho o esplendor das tuas salas,

E todo o aroma dos teus parques sinto,

E ouço a música e o sonho em que te embalas.

Eternamente ao meu olhar pompeias.

E olho-te em vão, maravilhosa e bela,

Adarvada de altíssimas ameias.

E à noite, à luz dos astros, a horas mortas,

Rondo-te, e arquejo, e choro, ó cidadela!

Como um bárbaro uivando às tuas portas!

(Olavo Bilac)

Assinale a alternativa falsa:

a) "Exalas" (verbo) e "galas" (substantivo), "faminto" (adjetivo) e "sinto" (verbo); "pompeias" (verbo) e "ameais" (substantivo) são alguns exemplos de rimas ricas.

b) Entre os versos 3 e 4 ocorre um encadeamento sintático denominado cavalgamento ou "enjambement", que atenua o efeito sonoro de rima, alterando o ritmo.

c) Em "Como um bárbaro" temos a ocorrência de uma metáfora e, na sequência, a ação de uivar ("uivando"), associada ao ser humano, configura uma expressiva zoomorfização.

d) O efeito da zoormofização referida é o de dar intensidade ao desejo de perfeição do "eu" poemático, a uivar como um bárbaro animalizado, diante da cidadela inexpugnável.

e) A ideia abstrata da perfeição é configurada no soneto por imagens plásticas que a tornam um objeto concreto: ela é descrita como se fosse um castelo, uma fortaleza, defendida por obstáculos intransponíveis.

07.  A questão a seguir refere-se ao texto “Língua”, de Caetano Veloso, exposto abaixo.

Gosto de sentir a minha língua roçar

A língua de Luís de Camões

Gosto de ser e de estar

E quero me dedicar

A criar confusões de prosódia

E uma profusão de paródias

Que encurtem dores

E furtem cores como camaleões

Gosto do Pessoa na pessoa

Da rosa no Rosa

E sei que a poesia está para a prosa

Assim como o amor está para a amizade

E quem há de negar que esta lhe é superior?

E deixa os portugais morrerem à míngua

“Minha pátria é minha língua”

Fala, Mangueira!

Flor do Lácio, Sambódromo

Lusamérica, latim em pó.

O que quer

O que pode

Esta língua?

(...)

A expressão “Flor do Lácio” também faz parte de um famoso poema da Literatura Brasileira, intitulado “Língua Portuguesa”, produzido na segunda metade do século XIX.

Assinale a alternativa que apresenta características pertencentes ao estilo da época em que foi produzido esse poema.

a) Subjetivismo, culto da forma, arte pela arte.

b) Culto da forma, misticismo, retorno aos motivos clássicos.

c) Arte pela arte, culto da forma, retorno aos motivos clássicos.

d) Culto da forma, subjetivismo, misticismo.

e) Subjetivismo, misticismo, arte pela arte.

08. Leia e responda:

 

MAL SECRETO

"Se se pudesse, o espírito que chora,

Ver através da máscara da face,

Quanta gente, talvez, que inveja agora

Nos causa, então piedade nos causasse!"

(Raimundo Correia)

 

09. O fragmento apresentado no texto contém uma oposição semântica fundamental entre o(a):

a) eu-lírico e o ser humano em geral.

b) eu-lírico e as pessoas que o invejam.

c) ser que chora e os demais seres humanos.

d) íntimo do ser humano e sua aparência.

e) realidade exterior e o desejo humano.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Algoritmo, robôs e letramento midiático

 VAMOS REFLETIR!

Iremos aprofundar as nossas pesquisas sobre temas relevantes, como:

🙋  ALGORITMOS, ROBÔS E LETRAMENTO MIDIÁTICO.

ROBÔS NAS REDES DIGITAIS 

"O crescimento de ação concentrada de robôs representa, portanto, uma ameaça real para o debate público, representando riscos, no limite, à democracia (...)" Marco Aurélio Ruediger (Diretor da FGV/DAPP)


O QUE SÃO E O QUE FAZEM?

Segundo os pesquisadores da FGV DAPP, "o crescimento da ação de robôs representa, portanto, uma ameaça real para o debate público, representando riscos, no limite, à democracia (p. 4).

COMO PODEM AFETAR AS NOSSAS VIDAS?

"Ao interferir em debates em desenvolvimento nas redes sociais, robôs estão atingindo diretamente os processos políticos e democráticos através da influência da opinião pública. Sua ação pode, por exemplo, produzir uma opinião artificial, ou dimensão irreal de determinada opinião ou figura pública (p. 9).


Robôs, redes sociais e política: Estuda da FGV/DAPP aponta interferências ilegítimas no debate público da web. Disponível em < http://dapp.fgv.br/robos-redes-sociais-e-politica-estudo-da-fgvdapp-aponta-interferencias-ilegitimas-no-debate-publico-na-web/ > Acesso em: 28/9/2020.

 


Continuação...

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

REVISÃO - PARTE 2

SEMANA DE  REVISÃO 

VIDEOCONFERÊNCIA 014

Iremos continuar as revisões! 

🙋   2os. ANOS 

Quarta-feira (30/9) - às 14h

Quinta-feira (/10) - às 14h



🙋    3os. ANOS 

Quarta-feira (30/9) - às 15h

Quinta-feira (/10) - às 15h






 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

REVISÃO - PARTICIPEM DAS VIDEOCONFERÊNCIAS

🙋   VIDEOCONFERÊNCIA 013 - REVISÃO 👀

Publiquei no Google Classroom, hoje (22/9/2020), às 7h30

👉FAÇAM COMENTÁRIOS NESTE BLOG
👉ACOMPANHEM AS REVISÕES NO MEU CANAL - YOUTUBE
👉COMENTEM NA PLATAFORMA GOOGLE CLASSROOM



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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

ELETIVA - CINEMA E AUDIOVISUAL

ELETIVA CINEMA E AUDIOVISUAL 18/9/2020

 VIDEOCONFERÊNCIA 012  👀

🙋Vamos planejar!

CAMPANHA - APRENDER A CONVIVER EM AMBIENTE VIRTUAL 






PRODUÇÃO DE VÍDEO-MINUTO 
👇👇👇👇Vejam um exemplo!



PRODUÇÃO DE CURTA-METRAGEM 




quarta-feira, 16 de setembro de 2020

VIDEOCONFERÊNCIA 012 - LITERATURA - REVISÃO - MODERNISMO 17/9/2020 - ÀS 14h

 

LITERATURA
🙋ENSINO MÉDIO - 3os. ANOS A e B


Imagem de convite enviado através do Google Classroom


VIDEOCONFERÊNCIA 012 - GOOGLE MEET


     Amanhã (quinta-feira - 17/9/2020 - às 14h), iremos retomar os estudos sobre Modernismo. Assim, para que possamos lograr êxito, é necessários que todos realizem as atividades recomendadas e que leiam as instruções encaminhadas para Google Classroom (AVA - EDUCA-PE). É preciso destacar que todos devem publicar os resumos no espaço destinado aos comentários. 

........................................................
RESUMO:
1. APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO
2. RESOLUÇÃO DE QUESTÕES (em forma de revisão)
3. REVISÃO DE CONTEÚDO
........................................................

VIDEOCONFERÊNCIA 012 - LITERATURA - REALISMO E NATURALISMO - REVISÃO - 16/9/2020 - ÀS 14h

 

LITERATURA 
🙋ENSINO MÉDIO - 2os. ANOS B e C

Imagem de convite enviado através do Google Classroom 

VIDEOCONFERÊNCIA 012 - GOOGLE MEET

    Na aula de hoje (16/9/2020), fiz uma revisão sobre o Realismo e sobre o Naturalismo. Para isso, apresentei slides sobre a influência de doutrinas filosófico-científicas, como: Darwinismo, Socialismo Marxista, Positivismo e Determinismo. Na sequência, citei autores franceses e portugueses que revelam traços dessas teorias em suas produções literárias. Depois, expliquei as obras introdutórias do Realismo e do Naturalismo no Brasil. 
........................................................

1. Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis - introduz o Realismo.

2. O Mulato (1881), de Aluísio Azevedo - inaugura o Naturalismo. 
Atenção! Vale a pena frisar outros escritores que se destacaram na prosa naturalista: (i) Rodolfo Teófilo - A fome, 1881; (ii) Inglês de Sousa - O missionário, 1882; (iii) Júlio Ribeiro - A carne, 1888; (iv) Adolfo Caminha - A normalista, 1892; O bom crioulo, 1895. 
........................................................
    Ao aprofundar a explanação, mencionei a trilogia machadiana, isto é: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1899). 

..........................................................

📌  QUESTÕES PROPOSTAS COMENTADAS


01. (Unifesp-2003) A questão a seguir baseia-se no seguinte fragmento do romance O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (1857-1913).

O cortiço

Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo. Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.

Os sinos da vizinhança começaram a badalar.

E tudo era um clamor.

A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca.

Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas.

(Aluísio Azevedo. O cortiço)

Em O cortiço, o caráter naturalista da obra faz com que o narrador se posicione em terceira pessoa, onisciente e onipresente, preocupado em oferecer uma visão crítico-analítica dos fatos. A sugestão de que o narrador é testemunha pessoal e muito próxima dos acontecimentos narrados aparece de modo mais direto e explícito em:

a) Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo.

b) Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.

c) Da casa do Barão saíam clamores apopléticos...

d) A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa.

e) Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada...

NOSSA RESPOSTA - LETRA A

COMENTÁRIO 👀

Observem que o fragmento do livro evidencia a presença de um narrador onisciente (isto é, aquele que tem saber absoluto dos fatos narrados), porque demonstra conhecer o pesamento das personagens, como em: "Ninguém sabia dizê-lo" ou "[...] vivia a sonhar em segredo...". No caso da onipresença (ou seja, está presente em todos os lugares), o mesmo narrador  descreve com detalhes espaços, pessoas e objetos, como pode ser registrado em: "O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados" e "O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa".


02. (ENEM-2001) No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o romantismo.

“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”

(ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.)

A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na alternativa:

a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...

b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...

c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, ...

d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ...

e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.

NOSSA RESPOSTA - LETRA A

COMENTÁRIO 👀

Da maneira como mostrei ao longo das videoconferências, uma das características do Romantismo é supervalorizar a subjetividade (quer dizer, dar valor excessivo ao sentimento). Porém, para o escritor do Realismo, a objetividade (ou seja, a verdade material) é o elemento principal. Por assim dizer, quando Machado de Assis usa a voz do narrador-personagem para criticar o Romantismo, ele reitera o seu compromisso com a veracidade, tal qual vemos em: "[...] o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas".


03. (PUC - PR-2007) Sobre o Realismo, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O Realismo surgiu na Europa, como reação ao Naturalismo.

b) O Realismo e o Naturalismo têm as mesmas bases, embora sejam movimentos diferentes.

c) O Realismo surgiu como consequência do cientificismo do século XIX.

d) Gustave Flaubert foi um dos precursores do Realismo. Escreveu Madame Bovary.

e) Emile Zola escreveu romances de tese e influenciou escritores brasileiros.

NOSSA RESPOSTA - LETRA A

COMENTÁRIO 👀

Como salientei nas minhas aulas, o Realismo e o Naturalismo aparecem em épocas muito próximas e apresentam características similares e distintas. Assim, os dois movimentos revelam objetividade, arte engajada, personagens construídas de acordo com a realidade etc. No entanto, existem algumas diferenças, como: 

       REALISMO                                                                 NATURALISMO

1. Mostra a realidade exterior                                     1.  "Prioriza" a realidade exterior

2. Ataca a classe burguesa                                           2. Apresenta personagens como: proletários,                                                                                               vendedores, ambulantes etc.

Diante dessa comparação, embora existam característica distintas, esses dois estilos de época não se opõem. Portanto, Realismo não é reação ao Naturalismo. Na verdade, ambos (Realismo e Naturalismo) se opõem ao Romantismo.