🙋 PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
💁 PARA O IV BIMESTRE 👀
Derivação => trata-se da formação de palavras por meio do acréscimo de
afixos, quer dizer, ocorre quando somamos ao radical um prefixo ou um sufixo.
01. PREFIXAL OU POR PREFIXAÇÃO => ocorre quando acrescentamos um prefixo a uma palavra primitiva. Exemplos: compor, infiel, ultravioleta etc.
05. Imprópria => neste particular, a palavra primitiva não
sofre acréscimo nem decréscimo, mas ocorre uma mudança de classe. Exemplos: NÃO ESPALHE FAKE NEWS!, O não PRECISA SER USADO!
06. Regressiva => aqui, a palavra primitiva sofre redução. Exemplos: ajudar => ajuda; trabalhar => trabalho, sarampão => sarampo etc.
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COMPOSIÇÃO => é a formação de palavras pela união de dois
ou mais semantemas (lexemas ou radicais).
Por aglutinação => ocorre quando os radicais sofrem alguma
alteração ou supressão. Exemplos:
Vinagre (vinho + acre); planalto (plano + alto) etc.
Por justaposição => acontece quando os radicais não passam por
modificação. Exemplos:
segunda-feira; passatempo, peixe-boi etc.
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Hibridismo – processo de formação de palavras cujos
radicais provêm de diferentes origens. Exemplos:
automóvel = auto (grego) + móvel (latim); alcoolismo = álcool (árabe) + ismo
(grego) etc.
Palavra-valise => ocorre quando unimos a parte inicial de uma
palavra com a parte final de outra. Exemplos:
portunhol, showmício etc.
Palavra decalque => sucede
quando há cópia, imitação, plágio. Exemplos: supermercado (supermarket); cartão de crédito (credit card); montanha-russa (montagne russe
– fr.) etc.
Onomatopeia => consiste na reprodução de sons em geral.
Exemplos: Miau, tique-taque, zunzum
etc.
Abreviação => é o processo de redução natural de certas
palavras, que começam na fala e ganham feição escrita. Exemplos: pneu =>
_____________ ; cine => _____________ => ____________ ; foto
=> __________________ ; auto => _________________.
Abreviatura => é a redução na escrita,
como ocorre em: p. ou pág. => página; cal => caloria; Sr.
=> Senhor etc.
Sigla => redução de locuções substantivas próprias às
suas letras ou sílabas iniciais. Exemplos:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Organização das Nações Unidas (ONU); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) etc.
Atenção! United Nations International Children’s Emergency Fund (UNICEF) => Fundo
das Nações Unidas para a Infância) ou Acquired
Immunodeficiency Syndrome (AIDS)
=> Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Curiosidade
Etimologicamente,
o elemento químico mercúrio (número atômico 80) provém do grego υδράργυρος
(prata líquida). Em virtude da fluidez desse metal, a denominação “mercúrio”
faz referência ao deus romano Mercúrio considerado o mensageiro dos deuses. Na
tabela periódica dos elementos químicos, o mercúrio é representado pelo símbolo
Hg, porque alude à palavra hydrargyrum.
Idosa
volta a estudar aos 93 anos e sonha em virar escritora: “Vou escrever o livro
da minha história”
Dona
Maria Edelzuita aprendeu o ABC com a mãe, porque o pai não permitia que ela
fosse à escola. Mãe de nove filhos, a moradora de Petrolina, PE, enfim
conseguiu ir para a sala de aula.
Nove
filhos, 16 netos, 15 bisnetos, um tataraneto, 93 anos e uma força de viver que
faz inveja. Viúva desde fevereiro, dona Maria Edelzuita de Souza viu que a vida
ainda tinha muito a oferecer e que dava tempo de realizar o sonho que sempre
alimentou. Moradora de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, a idosa quase não
dormiu da terça (26) para a quarta-feira (27). A ansiedade que roubou o sono de
dona Delza, como é conhecida, tem uma boa justificativa. Pela primeira vez, ela
sairia de casa em direção à escola, para fazer o que sempre quis: estudar.
Dona
Edelzuita está matriculada no Módulo 1 [Correspondente aos dois primeiros anos
do ensino fundamental] da Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola
Estadual João Barracão. No primeiro dia de aula, a nova aluna chegou
acompanhada de um dos filhos e de uma neta, invertendo os papéis de décadas
atrás.
“É
um prazer trazer a minha mãe. Quando a gente chegava [a escola] eu me lembrei
de quando ela levava os nove filhos. Sempre no primeiro dia, ela nos levava
para atravessar a estrada. A gente tomava o cafezinho, a tapioca com café, ou
escaldado de farinha, na época. Todos iam para escola. Ela era muito rigorosa”,
conta o filho, Tadeu Souza.
O
rigor de dona Edelzuita com os estudos dos filhos contrasta com aquilo que ela
recebeu na infância. A idosa conta que o pai nunca permitiu que ela e as irmãs
estudassem. “Meu pai era muito cangueiro [bruto], não queria que as filhas
aprendessem para não escrever para os namorados”, diz sorrindo.
“Ele
dizia que mulher que aprendia, fugia de casa. Duas coisas que ele não queria:
que a gente aprendesse a ler e nem casasse com soldado”.
A
vontade de aprender foi maior do que a visão do pai. O ABC, Edelzuita diz que
aprendeu com a mãe “Minha mãe sabia ler um pouquinho e me ensinou em casa”,
recorda a estudante, destacando que sabia que era preciso aprender mais.
Depois
que eu aprendi o ABC, eu era inteligente, eu saia com meu livro. Comprei minha
cartilha e pedia ao povo que sabia ler: ‘me ensine essa lição’. A gente mesmo
por si aprende. Pode crer”.
Com
o passar do tempo, Edelzuita casou com José Rufino, companheiro de vida, com
quem viveu por mais de seis décadas, até o último dia 21 de fevereiro, quando o
marido faleceu aos 93 anos.
No
primeiro ano de casamento, veio o primeiro filho mudando as prioridades de dona
Delza. “Não estudei, para meus filhos estudarem”.
Para
garantir a educação e o sustento dos filhos, Edelzuita e José Rufino
trabalharam muito. Ela se orgulha do esforço que fez. “Não era fácil, mas todo
dia ia pra escola. Não tinha riqueza, não tinha nada, mas nós éramos felizes.
Uma família feliz”.
Além
de realizar o sonho de aprender, a ida para a escola serve como terapia para
dona Edelzuita, após a morte do marido. “Meu marido era muito com, 60 anos nós
vivemos. 60 anos são muitos dias a gente conversar e depois ficar só, não é?”.
“Antes,
eu sempre dizia que ia estudar no João Barracão. Aí quando foi agora que meu
marido morreu, eu fiquei tão debilitada. Eu via na televisão falando e disse: ‘vou
fazer minha matrícula’. Aí eu fui e fiz. Depois que fiz a matrícula, fiquei
esperando o dia de ir para escola”.
Hoje
estou feliz. Eu acho muito bonito a pessoa que sabe ler bem, que conhece os
lugares porque sabe ler”, conta a matriarca.
Exemplo
para os colegas de turma, professores e funcionários da escola, dona, Edelzuita
saiu do primeiro dia de aula exalando felicidade. “Eu estou muito feliz e sei
que lá onde ele [o marido] estiver, está muito feliz, me vendo aqui”, diz.
Ganhando
ainda mais intimidade com as letras, dona Edelzuita planeja colocar no papel
tudo aquilo que viveu e pretende viver.
“Vou
escrever o livro da minha história, é o que eu quero fazer. Vou estudar, para
melhorar a letra, fazer uma letrinha bonitinha e escrever o meu livro. Se eu
não morrer, vou ficar velhinha estudando”.
Disponível em <https://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2022/07/28/idosa-volta-a-estudar-aos-93-anos-e-sonha-em-virar-escritora-vou-escrever-o-livro-da-minha-historia.ghtml>
Acesso em: 11 de set. de 2022.
TEXTO 2
OCDE:
Brasil sofre com abismo em nível de leitura entre jovens de alta e baixa renda
(16 setembro de 2021).
Brasil
registra uma das maiores disparidades de nível de leitura entre jovens de baixa
e alta renda
A
renda e a posição socioeconômica têm grande influência sobre a capacidade de
leitura e aprendizado dos jovens – e essa desigualdade é mais acentuada no
Brasil do que em grande parte do mundo, aponta a OCDE (Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em seu relatório Education at Glance, divulgado nesta quinta-feira (16/09).
Por
sua vez, a capacidade de leitura e interpretação de textos afeta a habilidade
dos jovens em se desenvolver social e profissionalmente e exercerem sua
cidadania.
A
OCDE usa como base comparativa os resultados de leitura do Pisa 2018, o exame
internacional aplicado pela entidade em jovens de 15 anos nos 38 países-membros
do grupo e em Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia, Arábia
Saudita e África do Sul.
Nativos
digitais não sabem buscar conhecimento na internet, diz OCDE
A
habilidade de leitura é definida pela OCDE como a “capacidade de entender, usar
e refletir sobre textos escritos de modo a conquistar objetivos, desenvolver
conhecimento e potencial e participar da sociedade”.
Em
uma escala de 1 a 6, o nível de leitura considerado básico é o 2 – estágio em
que os estudantes “começam a demonstrar competências que vão lhes permitir
participar de modo efetivo e produtivo na vida como estudantes, trabalhadores e
cidadãos”.
No
PISA 2018, os alunos brasileiro pontuaram, em média, 413 em leitura (para
efeitos comparativos, a China, que encabeçou o ranking, pontuou 555 nesse quesito), mantendo-se praticamente
estagnado na última década.
E
essa média esconde disparidade social, que foram exploradas no relatório apresentado
nesta quinta.
No
Brasil, diz a OCDE, a proporção de jovens da camada mais pobre que conseguiu
alcançar o nível 2 em leitura no Pisa foi de 55% menor do que a de jovens
brasileiros de renda mais alta.
Essa
disparidade é 26 pontos percentuais superior à média dos países da OCDE, de
29%, onde também se observa desigualdade em leitura entre alunos ricos e
pobres.
“Entre
os fatores que influenciam o desempenho na educação, o status socioeconômico tem o maior impacto nas habilidades de literacia
dos jovens de 15 anos, mais do que seu gênero ou país de origem”, diz o
relatório Education at Glance.
No
Brasil, porém, observou-se “uma das maiores disparidades de performance entre
os países que têm dados disponíveis”, prossegue o texto.
O
tema havia sido abordado pela OCDE em maio deste ano, quando a entidade
divulgou que, no Brasil, apenas um terço (33%) dos estudantes havia sido capaz
de distinguir fatos de opiniões em uma das perguntas aplicadas no Pisa.
Na
ocasião, o diretor de educação da OCDE, Andreas Scheicher, também se disse
preocupado com o aumento do “abismo cultural” entre estudantes de classes mais
avantajadas e os mais pobres em todo o mundo.
Enquanto
entre os estudantes mais ricos o número de livros em casa se manteve estável
entre 2000 e 2018, esse número caiu consideravelmente entre os estudantes mais
pobres globalmente.
O
status socioeconômico segue tendo
impacto na vida dos jovens ao diminuir seu acesso ao ensino superior e, desse
modo, deixa-los mais vulneráveis ao desemprego, prossegue o relatório.
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-58578511>
Acesso em: 11/09/2022.
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