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ENSINO MÉDIO - 2022
DAREMOS CONTINUIDADE AO PROJETO: "APRENDENDO A CONVIVER NO CIBERESPAÇO"
Como bem sabemos, o "ciberespaço" é uma dimensão de interação (especialmente, mediada pela linguagem) que assume importante influência nas relações humanas. Nesse contexto, acreditamos que, à medida que a tecnologia da informação avança, ao mesmo tempo, fenômenos preocupantes ganham espaço nesse ambiente, quer dizer, no "ciberespaço".
Nesse sentido, para Santaella (2007, p. 91) "a cibercultura promove o indivíduo como uma identidade instável, como um processo contínuo de formação de múltiplas identidades, instaurando formações sociais explicáveis pelas teorias pós-estruturalistas e desconstrucionistas que enfatizam o papel da linguagem no processo de constituição dos sujeitos".
Assim, essa dimensão que permite a comunicação através das redes mundiais traz consequências, às vezes, nefastas. Por assim dizer, a convivência passa a ser uma tarefa complexa, pois, nesse território, há aqueles que ocultam a identidade para a prática de cibercrimes, como: cyberbullying, linchamento virtual, sequestro de dados, stalking, cancelamento virtual, disseminação de informações falsas (fake news) etc.
Aqui, para iniciamos as nossas reflexões, quero destacar a urgência de um letramento crítico que é “crucial para equacionar a difusão
da informação numa era em que os algoritmos e a danificação da informação
produzem ‘echos chambers’ ou ‘filter bubbles’” (BAKIN & MCSTAY, 2008, p.8).
A nossa preocupação reside, por conseguinte, no fato de que “o
consumo de informações descontextualizadas e desagregadas mediadas por
tecnologias digitais aumentou exponencialmente” (AMARAL, 2006) e tal
crescimento resultou, por desgraça, em práticas que construíram uma "cultura de ódio". Por isso mesmo, convém salientar que,
“os utilizadores consomem informações em plataformas de mídia sociais cujos
algoritmos criam uma bolha de conteúdos em que a relevância não tem
correspondência com a realidade” (BAKIR & MCSTAY, 2018). Logo, de forma resumida, podemos afirmar que os conteúdos criminosos (fake news, desinformação, calúnia, difamação etc.) ganham maior repercussão nas redes digitais e devem ser contidos em caráter de urgência.
Diante desse cenário, daremos continuidade ao projeto "APRENDER A CONVIVER NO CIBERESPAÇO", com o objetivo de promover o letramento crítico. Para isso, seguiremos, aprioristicamente, as seguintes habilidades preconizadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), quais sejam:
(1)
analisar os interesses que movem o campo
jornalístico, os impactos das novas tecnologias digitais de informação e
comunicação e da Web 2.0 no campo e as condições de fazer da informação uma
mercadoria e da checagem de informação uma prática (e um serviço) essencial,
adorando atitude analítica diante dos textos jornalísticos.
(2)
analisar o fenômeno de pós-verdade –
discutindo as condições e os mecanismos de disseminação de fake news e também exemplos , causais e consequências desse
fenômeno e da prevalência de crenças e opiniões sobre fatos –, de forma a
adotar atitude crítica em relação ao fenômeno e desenvolver uma postura
flexível que permita rever crenças e opiniões quando fatos apurados as
contradisserem.
(3)
analisar os processos humanos e
automáticos de curadoria que operam nas redes sociais e outros domínios da
internet, comparando os feeds de
diferentes páginas de redes sociais e discutindo
os efeitos desses modelos de curadoria, de forma a ampliar as possibilidades de
trato com o diferente e minimizar o efeito bolha e a manipulação de terceiros.
(4)
usar procedimentos de checagem de fatos
noticiados e fotos publicadas (verificar/avaliar veículo, fonte, data, local da
publicação, autoria, URL, formatação; comparar diferentes fontes; consultar
ferramentas e sites checadores etc.), de forma a combater a proliferação de notícias falsas (fake news).
(5)
atuar de forma fundamentada, ética e
crítica na produção e no compartilhamento de comentários, textos noticiosos e
de opinião, memes, gifs, remixes variados etc. em redes
sociais ou outros ambientes digitais.
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