quarta-feira, 20 de março de 2024

REVISÃO - EXEMPLO DE QUESTÃO PARA A AVALIAÇÃO DO BIMESTRE - COMPREENSÃO, FUNÇÕES DA LINGUAGEM, TIPOLOGIA TEXTUAL (OU SEQUÊNCIA TEXTUAL)

 



Escola tradicional de SP alerta pais sobre grupo de WhatsApp com nazismo e pornografia

Em comunicado, Dante afirma ter detectado participação de alunos da instituição

O Dante Alighieri, tradicional colégio de São Paulo, emitiu um comunicado aos pais alertando sobre a existência de um grupo de estudantes no WhatsApp disseminando conteúdo pornográfico, de apologia ao nazismo e incitação ao suicídio.

De acordo com o comunicado, foi detectado nesse grupo, nomeado Meta 500, a participação de alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, ou seja, crianças a partir dos dez anos e adolescentes. Na descrição do grupo, segundo a carta do Dante, havia a seguinte mensagem: “Não adicione sua família, só amigos e amigas”.

Os pais foram informados de que o grupo trazia fotos, figurinhas e gifs pornográficos, fotografias de facas afiadas, além do conteúdo nazista e de incitação ao suicídio. Segundo o comunicado, esse grupo tinha uma série de números de telefones desconhecidos, entre eles alguns  de outros estados e até de outros países.

O título do comunicado é “Alerta – Grupo de WhatsApp de risco Meta 500: 5º ao 9º ano do ensino fundamental”.

A escola alertou sobre a preocupação de que pessoas desconhecidas entrem em contato, de forma privada, com os alunos “propondo desafios perigosos ou ainda solicitando o envio de fotos íntimas ou dinheiro por meio de ameaças”.

A Folha procurou a assessoria de imprensa da Meta, empresa que controla o WhatsApp, o Facebook e o Instagram, mas, até o fechamento desta reportagem, ainda não havia recebido resposta.

Telma Vinha, pesquisadora da Unicamp que coordena um levantamento sobre a relação da violência nas escolas com as redes sociais, disse à Folha que havia sido informada da presença de alunos de outras escolas de São Paulo, além do Dante.

A carta também afirmava que os integrantes do grupo serão alertados na escola “sobre a gravidade e os complicadores” de participação nessa comunidade. Também ressalta que, como os membros são menores, “a responsabilidade do conteúdo recai sobre os pais, que se tornam corresponsáveis pela publicação, ainda que não tenham tido nenhuma participação direta na postagem”.

“Daí a importância de os pais acompanharem e monitorarem a vida digital de seus filhos, dialogando com eles sobre esse assunto”, diz o texto, assinado por Elenice Ziziotti, diretora de relações humanas e convivência, e Ângela Cillo Martins, diretora pedagógica, que afirmaram que a escola desenvolve ações educativas em favor da segurança digital.

Vinha ressaltou à Folha que o acompanhamento do que o filho faz nas redes sociais deve ser visto como parte de sua formação e proteção. “Se crianças e adolescentes estão consumindo esses conteúdos em espaços dos quais os adultos não fazem parte, esse é um problema coletivo, de todos nós”, afirmou. Ela reforçou a necessidade de que as escolas integram ao currículo com as redes sociais, e não trabalham esse tema apenas de forma pontual, isolado.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2024/03/dante-alerta-pais-sobre-grupo-de-alunos-no-whatsapp-com-nazismo-e-pornografia.shtml Acesso em: 20 mar. 2024.

Escolha a opção que não condiz com os estudos linguísticos desenvolvidos durante este bimestre. 

A) O gênero do discurso em questão apresenta, predominantemente, a função referencial da linguagem e aborda os perigos de um grupo de WhatsApp, que dissemina ódio pelas redes digitais.

B) Para reforçar a argumentação, o autor do texto se utiliza de depoimentos de especialistas sobre o assunto que envolve ciberespaço, relações humanas e convivência.

C) A atualidade do texto é um alerta para as autoridades de educação de todo o Brasil e uma chamada à responsabilidade para pais e/ou responsáveis de crianças e adolescentes. 

D) Observa-se no texto o domínio da função fática, porque o autor recorre insistentemente à ingenuidade dos estudantes menores e à letargia na reação dos pais e/ou responsáveis.

E) Em "[...] empresa que controla o WhatsApp, o Facebook e o Instagram", encontramos um caso de aposto, que funciona como sequência explicativa, o que pormenoriza a abrangência do problema exposto na ideia central do texto.

Resposta: D

Comentário 👀

Como o texto se direciona ao leitor com objetivo claro de informar e, portanto, focalizar o referente (volta-se para a informação), a letra D está incoerente. Isso significa dizer que esse texto em tela pertence ao domínio discursivo jornalístico e objetiva informar o leitor sobre os perigos do surgimento de um grupo hostil, que procura manipular criminosamente crianças e adolescentes com discurso de ódio. 

Vale, ainda, destacar que a questão em análise leva em conta os seguintes assuntos estudados: funções da linguagem, gênero do discurso, "compreensão da ideia central do texto" e tipologia textual (ou sequência textual).

Sobre a função fática, expliquei durantes as aulas que esse item se ocupa em testar o canal de comunicação. Nesse caso, a função fática é caracterizada pela preocupação do destinador em manter contato com o destinatário (ou interlocutor), o que não acontece com o texto em foco.


terça-feira, 19 de março de 2024

TÓPICOS DE REVISÃO - I UNIDADE DIDÁTICA - 2024



TÓPICOS DE REVISÃO PARA A AVALIAÇÃO DA I UNIDADE DIDÁTICA - 2024 

ENSINO MÉDIO - 1o ANO 

01.  Charge - MULTIMODALIDADE (cor, fonte, imagem etc.); TEMAS; AMBIGUIDADE; CRÍTICA; INTERTEXTUALIDADE; HUMOR ETC.


02. Anúncio publicitário - MULTIMODALIDADE (cor, fonte, imagem etc.); RECURSOS DIVERSOS; ARGUMENTAÇÃO; CONTEXTO; AMBIGUIDADE; INTERTEXTUALIDADE; RECURSOS VISUAIS ETC.

EXEMPLO:



Observe as cores, que remetem ao tema do filme; veja que a logomarca da Hortifruti se destaca (pela cor e pelo formato); Note que os itens que compõem o anúncio fazem alusão aos objetos comuns ao contexto do filme etc.

Faz alusão ao filme Piratas do Caribe: O Tesouro do Capitão Jack Sparrow

03. Infográfico - MULTIMODALIDADE: DIFERENTES GRÁFICOS, CORES, "LINGUAGEM MATEMÁTICA"; REAL E IDEAL (EM ANÚNCIOS COM DISPOSIÇÃO HORIZONTAL);

EXEMPLO 1:


EXEMPLO 2:



04. TEXTO 1 - FUNÇÕES DA LINGUAGEM (VEJA EXEMPLOS E CONCEITOS NA PUBLICAÇÃO DO DIA 27 DE FEVEREIRO DE 2024).

05. TEXTO 2 - VARIAÇÃO LINGUÍSTICA (VEJA EXEMPLOS NA PUBLICAÇÃO DO DIA 19 DE MARÇO DE 2024).

06. TEXTO 3 - GÊNERO DISCURSIVO, TIPOLOGIA TEXTUAL, IDEIA CENTRAL DO TEXTO, IMPLÍCITO, DIFERENÇA ENTRE OPINIÃO E FATO.  (VEJA PUBLICAÇÕES DOS DIAS: 5 DE FEVEREIRO DE 2024 E 13 DE MARÇO DE 2024 - ESTUDE AS RESPOSTAS DAS QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS EM SALA DE AULA). LEMBRE-SE DE QUE ESSES TEXTOS FORAM ESTUDADOS NA I UNIDADE E RECORDEM QUE TODOS DEVEM TER AS RESPOSTAS NO CADERNO. 

07. GÊNEROS LITERÁRIOS (VEJA PUBLICAÇÃO DO DIA 18 DE FEVEREIRO DE 2024)


08. TROVADORISMO - TRISTÃO E ISOLDA => MOVIMENTO ARMORIAL (NA INTERFACE COM O LIVRO "A HISTÓRIA DO AMOR DE FERNANDO E ISAURA").






09. TROVADORISMO - EU POEMÁTICO NAS CANÇÕES - MPB

Na canção Tatuagem, de Chico Buarque, podemos destacar o eu poemático feminino, nos seguintes versos:

"Quero ficar no teu corpo

Feito tatuagem

Que é pra te dar coragem

Pra seguir viagem

Quando a noite vem


E também pra me perpetuar

Em tua escrava..."

Como  pode ser visto, há forte semelhança entre a canção contemporânea de Chico Buarque com a estratégia de uso de eu poético feminino das cantigas de amigo trovadorescas.

10. HUMANISMO - MOVIMENTO ARMORIAL (INTERFACE COM A OBRA DE GIL VICENTE)



ATENÇÃO! ESTUDE AS ANOTAÇÕES, AS FICHAS DE EXERCÍCIO E ACOMPANHE TODOS OS TÓPICOS DO LIVRO DIDÁTICO.

OBSERVAÇÃO: Irei expor mais detalhes na aula de revisão.

SUCESSO!

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA - I UNIDADE DIDÁTICA - 2024

 


Variação linguística

Para refletir!

“A língua é muito mais do que um simples instrumento de comunicação. Ela é palco de conflitos sociais, de disputas políticas, de propaganda ideológica, de manipulação de consciência, entre outras e muitas outras coisas. A manipulação social da língua nos leva a votar nessa ou naquela pessoa, a comprar tal ou qual produto, a admitir que determinado evento ocorre de determinada maneira e não de outra...” (BAGNO, 2012, p. 75).

Para começar, vamos pensar um pouco sobre a contribuição de William Labov.

Vídeo em inglês, porém legendado (tradução para a língua portuguesa):

LINK 1 - VÍDEO - AQUI 

Ilari (2007, p. 151) nos ensina que “[...] a variação linguística é um fenômeno normal, que, por manifestar-se de várias formas, leva os estudiosos a falar variação diacrônica, variação diatópica, variação diastrática e variação diamésica”.

1.      Variação diacrônica

Também denominada variação histórica, a diatópica tem relação com as mudanças linguísticas que ocorrem através do tempo.

Tomemos como exemplo a gramaticalização da palavra “você”:

Você

Vossa mercê

Vosmecê

VEJAM, NA SEQUÊNCIA, ANÚNCIOS DO JORNAL CORREIO PAULISTANO, DE 1857 e 1879.

ANÚNCIO 1


 ANÚNCIO 2

ANÚNCIO 3

ANÚNCIO 4


ATENÇÃO! Além da análise linguística, cabe, aqui, um comentário crítico sobre a questão da escravização de seres humanos.

Assista ao vídeo e observe como Gilberto Freyre maneja as palavras (guardadas as devidas proporções) ao relatar o próprio cotidiano.

COTIDIANO DE GILBERTO FREYRE - 1959 => O objetivo é registrar a variação histórica, a partir da fala do Mestre de Apipucos.

LINK 2 - VÍDEO - AQUI

NOTA: Sem ignorar os pensadores que vieram logo após Gilberto Freyre (como: Florestan Fernandes, Sérgio Buarque de Holanda e muitos outros), convém ressaltar a sua contribuição  para o pensamento sociológico em seu tempo.

1.      Variação diatópica

Para Ilari (2007, p. 157), a variação diatópica é entendida como “as diferenças que uma língua apresenta na dimensão do espaço, quando é falada em diferentes regiões de um mesmo país ou em diferentes países”.

CURIOSIDADE

Segundo Ilari (2007, p. 37), a difusão da língua portuguesa se deu com as chamadas conquistas ultramarinas. Assim sendo, o autor elenca os seguintes países lusófonos: Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Brasil, Angola, Moçambique, Timor-Leste e Maca.

Um exemplo do Português Europeu pode ser visto no vídeo a seguir:

MADRE DEUS – O PASTRO

LINK 3 - VÍDEO - AQUI

Agora, para melhor entender a variação diatópica (ou geográfica), assista aos vídeos sobre os sotaques do Brasil.

VARIAÇÃO DIATÓPICA  -SOTAQUES DO BRASIL

O « R » RÓTICO (?)

LINK 4 - VÍDEO - AQUI

O “S” CHIADO

LINK 5 - VÍDEO - AQUI

USO DO “TU” E “VOCÊ”

LINK 6 - VÍDEO - AQUI

COMO AS PALAVRAS MUDAM DE ESTADO PARA ESTADO

LINK 7 - VÍDEO - AQUI

DIFERENÇA DAS PRONÚNCIAS DAS VOGAIS

LINK 8 - VÍDEO - AQUI

1.      Variação diastrática

Para melhor entender essa categoria, Ilari (2007, p. 175, grifos do autor) mostra que “uma série de diferenças entre o português falado pela parte mais escolarizada da população (que, não por acaso, é também a parte mais rica ou menos pobre) e pela parte menos escolarizada. É o fenômeno que os linguistas chamam de variação diastrática”.

Vejamos um exemplo a partir de um vídeo sobre o Mercado de São José (Recife-PE).

MERCADO DE SÃO JOSÉ – DIÁRIO DE PERNAMBUCO – HÁ 8 ANOS

LINK 9 - VÍDEO - AQUI

ATENÇÃO!

Neste particular, discutiremos as questões referentes ao preconceito linguístico.

CURIOSIDADE:

O livro Preconceito Linguístico, de Marcos Bagno, completa 25 anos de existência.

 

1.      Variação diamésica

Ainda para Ilari (2007, p. 181) a variação diamésica “compreende, antes de mais nada, as profundas diferenças que se observam entre a língua falada e a língua escrita.

FALA E ESCRITA – PARTE 1  – MARCUSCHI

LINK 10 - VÍDEO - AQUI

Referências

BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2021.

ILARI, Rodolfo. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2007.

SUCESSO!

quarta-feira, 13 de março de 2024

LER E COMPREENDER - 1o ANO - ENSINO MÉDIO - I UNIDADE DIDÁTICA - 2024

 


💁 ATIVIDADE PARA O DIA 15/03/2024

🙋Atenção! Escreva as respostas no caderno 👀

GERAÇÃO Z

Francisco Porfírio

A geração Z é composta por quem nasceu na primeira década do século XXI. Por não haver uma exatidão na contabilização do tempo em relação ao surgimento das diferentes gerações, podemos considerar como geração Z quem nasceu no fim da década de 1990. O mais marcante dessa geração é a sua íntima relação com a tecnologia e com o meio digital, considerando que ela nasceu no momento de maior expansão tecnológica proporcionada pela popularização da internet.

A internet foi projetada para ser uma rede de comunicação militar estadunidense, ainda na década de 1960, e quem nasceu naquela época pertence à geração baby boomer. Nesse momento, os computadores ainda eram grandes máquinas que precisavam de um profundo conhecimento especializado para serem operados.

O que aconteceu nas décadas de 1970 e 1980 foi uma drástica mudança no modo como os computadores tornaram-se cada vez mais versáteis, menores e intuitivos. Grande parte dessa revolução deve-se à empresa estadunidense Apple, que se dedicou a tornar essas máquinas esteticamente agradáveis, além de facilmente manuseáveis.

Foi nesse meio que nasceu a geração X. Filha dos baby boomers, a geração X compreende as pessoas que nasceram entre o fim da década de 1960 e o meio da década de 1980. São pessoas que viram a revolução tecnológica informacional acontecer, que vivenciaram a Guerra Fria, que viram a corrida armamentista e que temeram um possível retorno a uma guerra tão horrível quanto ou pior que a Segunda Guerra Mundial.

Foi na geração X que as coisas começaram a mudar, talvez pela descrença nas antigas estruturas sociais formadas pelas gerações anteriores.

Na década de 1980 a internet já era utilizada em redes bancárias. Em 1990, o físico e cientista da computação inglês Tim Bums Lee criou o sistema World Wide Web (WWW), que finalmente tornou a internet um local navegável por qualquer pessoa alfabetizada, com um mínimo de acesso à rede e conhecimentos básicos de operação de computadores.

A proximidade com a internet e a informática fez da geração Y o gérmen de uma nova sociedade totalmente conectada. É bem verdade que nem todo o mundo tem acesso à rede, à internet ou a qualquer interface de comunicação como um computador ou smartphone, e isso revela uma situação peculiar da geração Y e das gerações seguintes estamos falando de uma parcela pequena da população que tem acesso à rede e à tecnologia.

A geração Y é a que surge numa crescente gama de conexão (ainda extremamente restrita – não que hoje não exista restrições ao acesso à internet, mas hoje isso acontece por questões estritamente econômicas), mas que nasceu e viveu num momento de grande expansão tecnológica. Também chamados de millennials (por terem nascido próximo da virada do milênio), essa geração, que se encontra numa faixa etária entre 20 e 35 anos de idade, representa uma completa revolução em relação às gerações passadas.

São pessoas que levaram as mudanças iniciadas pela geração X aos limites. Essa geração vive em um mundo completamente instável, onde as oscilações do mercado financeiro e outros sintomas do capitalismo tardio promovem um mundo competitivo e extremamente desigual. Por um lado, os millennials não têm muita experiência de uma vida segura. Por outro lado, os mais abastados conseguem estender seu poder por meio da inovação e do que chamam de empreendedorismo.

A geração Z foi a primeira que nasceu num ambiente completamente digital. São aqueles que nasceram entre o fim da década de 1990 e 2010. Essa geração não precisou, como as anteriores, fazer cursos de informática básica para lidar com computadores.

Características da geração Z

Também chamados de nativos digitais quem nasceu na geração Z tem uma íntima relação com o mundo digital com a internet e com a informática. São pessoas que cresceram jogando videogames que acompanharam de perto as inovações tecnológicas e que gostam de consumir essas inovações quando possível.

É uma geração que não costuma criar muitos vínculos duradouros com as pessoas. São pessoas que aprenderam a relacionar-se pelas redes sociais e por aplicativos, que evitam sair de casa. Quando podem, usam serviços delivery para não precisar sair. Isso também evidencia uma forte característica dessa geração: a desigualdade social.

Enquanto uns utilizam serviços delivery para não sair de casa outros têm que trabalhar para o delivery, evidenciando outro fator marcante do mundo habitado por millennials e nativos digitais a dissolução cada vez maior de vínculos empregatícios (e, com isso, a dissolução dos direitos trabalhistas), que impõem aos trabalhadores mais pobres (que são, hoje, jovens das gerações Y e Z) uma rotina exaustiva, pouca remuneração e a falsa ideia de que são empreendedoras.

A geração Z cresceu num ambiente inóspito e de completa insegurança em relação ao futuro. Uma graduação universitária, por exemplo, que era significado de um bom emprego para a geração X, já não tem mais valor. O mundo é marcado pela alta competitividade e pela falta de emprego. A socialização pela internet levou a uma nova configuração social dessa geração e a novos hábitos de consumo. A internet, que deixou de ser aquela rede acessível apenas em casa pelos computadores, tornou-se uma companheira constante através dos smartphones.

Essa combinação de elementos evidencia os moldes da geração Z. Uma geração que cresceu acostumada com a individualidade e com a tecnologia. Uma geração que, no caso dos mais pobres, percebeu a desigualdade social pelo fato de que não pode acessar os mesmos espaços que a classe mais alta. A classe mais alta da geração Z, filha da geração X, também percebe essas contradições do mundo contemporâneo. Alguns se revoltam e fazem da internet a interface de uma luta política e outros (a maioria da geração Z de classe média ou alta) estão inebriados pela alta conectividade tecnológica em que estão imersos, acostumados a receberem tudo pronto dos pais.

 

 

Geração Z e baby boomers

Os baby boomers são as pessoas que nasceram entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a década de 1960. Essas pessoas pegaram um mundo muito mais estável e que se reconstruía após a guerra. Por ser um mundo de reconstrução e dera estabilidade, houve um expressivo aumento do número de nascimento de bebês, por isso a expressão baby boomers, derivada de baby boom (explosão de bebês).

Os baby boomers são a geração ainda majoritariamente viva que mais se contrasta com a geração Z. Se compararmos aos jovens da geração Z, eles são exatamente diferentes culturalmente – não são acostumados à tecnologia e muito menos são afetados à vulnerabilidade da geração Z com em relação ao emprego e à vida amorosa.

Geração Z no mercado de trabalho

A geração Z tem chegado ao mercado de trabalho nos últimos anos. Para a maioria desses jovens, o que os aguarda é o subemprego e a exploração por conta da alta competitividade e da crescente flexibilidade das leis e das relações trabalhistas. A chamada ‘uberização’ dos serviços está cada vez mais comum entre motoristas de aplicativos e entregadores. Também são comuns os contratos intermitentes, os serviços por diária (diaristas) e outras formas de explorar-se o trabalho de modo a não gerar ônus para as empresas e a gerar muito prejuízo para os trabalhadores.

Essa situação é comum entre as camadas mais baixas da população. A classe média é privilegiada por não estar refém desse sistema e a classe alta é a dona do sistema. Entre a classe média e alta aumentam-se cada vez mais o número de pessoas que trabalham com a produção de conteúdo digital. Seja conteúdo escolar, de fianças, de modo e de várias formas de arte, seja o mais fútil conteúdo que expõe um cotidiano vazio de sentido e cheio de dinheiro, as pessoas que têm melhor condição financeira fazem carreira cada vez mais oferecendo esse conteúdo digital via redes sociais e YouTube. Esse novo nicho é algo jamais imaginado por um baby boomer, visto com desconfiança pela geração X e compreendido apenas a partir dos millennials.

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/geracao-z.htm Acesso em: 28/02/2022.

Responda no caderno:

01.  Que função da linguagem (conforme o pensamento de Roman Jakobson) prevalece no texto acima e de que forma esse recurso contribui para que o texto possa cumprir a sua finalidade expressiva?

02.  No texto, os nativos digitais são beneficiados pelas habilidades adquiridas de forma igualitária? Justifique sua resposta com fragmentos do texto.

03.  Quais são as gerações que aparecem explícitas no texto? Destaque uma característica para cada uma delas.

04.  E os homens e mulheres do presente se distinguem de seus pais vivendo num presente ‘que quer esquecer o passado e não parece mais acreditar no futuro’. Mas a memória do passado e a confiança no futuro foram até aqui os dois pilares em que se apoiavam as pontes culturais e morais entre transitoriedade e a durabilidade, a mortalidade humana e a imortalidade das realizações humanas, e também entre assumir a responsabilidade e viver o momento” (BAUMAN, 2001, p. 168). De que forma a citação de Zygmunt Bauman[1] pode orientar uma crítica ao texto em análise?

05.  Pode-se inferir que os nativos digitais são saudáveis emocionalmente? Que aspectos comportamentais podem tornar a “geração Z” frágil em relação aos desafios diversos do presente século?

06.  Os utilizadores consomem informações em plataformas de mídia social cujos algoritmos criam uma bolha de conteúdos em que a relevância não tem correspondência com a realidade” (BAKIR & MCSTAY, 2018). Diante das considerações de Bakir & Mcstay, que fragmento do texto pode ser combatido por revelar um prolongamento dessa realidade da citação?

07.  Em: “(...] e isso revela uma situação peculiar da geração Y e das gerações seguintes...” Para promover a progressão textual, o pronome em destaque faz referência a que expressão? Reescreva do texto um fragmento que revela o mesmo recurso.

08.  A expressão “baby  boomer” e a palavra “millennials” são utilizadas para substituir, respectivamente, que gerações? Explique a origem desses termos.

09.  Destaque dois fragmentos do texto que trazem consigo operadores argumentativos? Em seguida, explique o valor semântico desses registros.

10.  De que forma o seu conhecimento adquirido nas aulas de língua portuguesa, ao longo do tempo, pode contribuir para a compreensão desse texto em foco?

 



[1] BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

SUCESSO!

domingo, 3 de março de 2024

ORALIDADE - DEBATE REGRADO - 2024

 


DEBATE REGRADO - 2024

Práticas de oralidade: escuta atenta, turno e tempo de fala. Tomada de nota. Réplica (posicionamento responsável em relação a temas, visões de mundo e ideologias veiculados por textos e atos de linguagem). Estratégias linguísticas típicas de negociação e de apoio e/ou de consideração do discurso do outro. Polidez linguística.

(EM13LP25PE) Promover e participar de reuniões na escola (conselho de escola e de classe, grêmio livre etc.), agremiações, coletivos ou movimentos, entre outros, em debates, assembleias, fóruns de discussão etc., exercitando a escuta atenta, respeitando seu turno e tempo de fala, posicionando-se de forma fundamentada, respeitosa e ética, diante da apresentação de propostas e defesas de opiniões, usando estratégias linguísticas típicas de negociação e de apoio e/ou de consideração do discurso do outro (como solicitar esclarecimento, detalhamento, fazer referência direta ou retomar a fala do outro, parafraseando-a para endossá-la, enfatizá-la, complementá-la ou enfraquecê-la), considerando propostas alternativas e reformulando seu posicionamento, quando for o caso, com vistas ao entendimento e ao bem comum.

BNCC (BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR)

(EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogo ou brincadeira.

(EF01LP02) Escutar, com atenção e compreensão, instruções orais, acordos e combinados que organizam a convivência em sala de aula. 

 

Vamos aprofundar!

01.  Qual a sua tese?

02.  Escreva dois argumentos sobre cada temática ofertada.

03.  Levante uma proposta de intervenção para cada temática.

04.  Durante o debate, o estudante deverá: explicar, comparar, indicar causas e consequências, fazer descrição, narração, injunção, disjunção etc.

Observações:

Posicionamento responsável com respeito ao ambiente escolar;

Respeitar os (LINK) => DIREITOS HUMANOS nas ações e nas colocações;

Respeitar o posicionamento dos interlocutores;

Uso dos operadores argumentativos;

Não tangenciar o tema;

Respeitar o turno de fala dos interlocutores;

Argumentar em favor das próprias ideias sem agredir os outros;

Não atrapalhar o bom andamento da aula;

Não usar o celular ao longo do processo de construção da atividade;

Evitar sair da sala de aula para não atrapalhar as atividades (exige atenção, portanto, o estudante deve fazer a escuta de forma atenta, deve tomar nota etc.).

SEQUÊNCIA DIDÁTICA



1. APRESENTAÇÃO

1.1  DESINFORMAÇÃO

1.2 FAKE NEWS E DEEP FAKE

1.3  BULLYING E CYBERBULLYING

1.4  STALKING 

1.5 LINCHAMENTO VIRTUAL

1.6 CANCELAMENTO VIRTUAL

1.7 TROLLS

1.8 HATERS

1.9 CULTURA DE ÓDIO

1.10 RACISMO RECREATIVO

2. PRODUÇÃO INICIAL - leitura, pesquisa, produção escrita de roteiro e resumo (grupos de 5 ou 6).

3. MÓDULO 1 - os estudantes se reúnem em pequenos grupos (5 a 6 componentes) e pesquisam sobre os temas sugeridos acima. Em seguida, fazem anotações sobre os conceitos e elencam uma série de argumentos sobre os assuntos. 

4. MÓDULO 2 -  os estudantes fazem ensaios de debate em grupo. Na sequência, elegem um representante, que irá representar a equipe. 

5. PRODUÇÃO FINAL - Realização do debate com os representantes selecionados de cada grupo. 

SUCESSO!