💁 ATIVIDADE PARA O DIA 15/03/2024
🙋Atenção! Escreva as respostas no caderno 👀
GERAÇÃO
Z
Francisco
Porfírio
A geração Z é composta por
quem nasceu na primeira década do século XXI. Por não haver uma exatidão na
contabilização do tempo em relação ao surgimento das diferentes gerações,
podemos considerar como geração Z quem nasceu no fim da década de 1990. O mais
marcante dessa geração é a sua íntima relação com a tecnologia e com o meio
digital, considerando que ela nasceu no momento de maior expansão tecnológica proporcionada
pela popularização da internet.
A internet foi projetada
para ser uma rede de comunicação militar estadunidense, ainda na década de
1960, e quem nasceu naquela época pertence à geração baby boomer. Nesse momento, os computadores ainda eram grandes
máquinas que precisavam de um profundo conhecimento especializado para serem
operados.
O que aconteceu nas
décadas de 1970 e 1980 foi uma drástica mudança no modo como os computadores
tornaram-se cada vez mais versáteis, menores e intuitivos. Grande parte dessa
revolução deve-se à empresa estadunidense Apple,
que se dedicou a tornar essas máquinas esteticamente agradáveis, além de
facilmente manuseáveis.
Foi nesse meio que nasceu
a geração X. Filha dos baby boomers,
a geração X compreende as pessoas que nasceram entre o fim da década de 1960 e
o meio da década de 1980. São pessoas que viram a revolução tecnológica
informacional acontecer, que vivenciaram a Guerra Fria, que viram a corrida
armamentista e que temeram um possível retorno a uma guerra tão horrível quanto
ou pior que a Segunda Guerra Mundial.
Foi na geração X que as
coisas começaram a mudar, talvez pela descrença nas antigas estruturas sociais
formadas pelas gerações anteriores.
Na década de 1980 a
internet já era utilizada em redes bancárias. Em 1990, o físico e cientista da
computação inglês Tim Bums Lee criou o sistema World Wide Web (WWW), que finalmente tornou a internet um local
navegável por qualquer pessoa alfabetizada, com um mínimo de acesso à rede e
conhecimentos básicos de operação de computadores.
A proximidade com a
internet e a informática fez da geração Y o gérmen de uma nova sociedade
totalmente conectada. É bem verdade que nem todo o mundo tem acesso à rede, à
internet ou a qualquer interface de comunicação como um computador ou smartphone, e isso revela uma situação
peculiar da geração Y e das gerações seguintes estamos falando de uma parcela
pequena da população que tem acesso à rede e à tecnologia.
A geração Y é a que surge
numa crescente gama de conexão (ainda extremamente restrita – não que hoje não
exista restrições ao acesso à internet, mas hoje isso acontece por questões
estritamente econômicas), mas que nasceu e viveu num momento de grande expansão
tecnológica. Também chamados de millennials
(por terem nascido próximo da virada do milênio), essa geração, que se encontra
numa faixa etária entre 20 e 35 anos de idade, representa uma completa
revolução em relação às gerações passadas.
São pessoas que levaram as
mudanças iniciadas pela geração X aos limites. Essa geração vive em um mundo
completamente instável, onde as oscilações do mercado financeiro e outros
sintomas do capitalismo tardio promovem um mundo competitivo e extremamente
desigual. Por um lado, os millennials
não têm muita experiência de uma vida segura. Por outro lado, os mais abastados
conseguem estender seu poder por meio da inovação e do que chamam de empreendedorismo.
A geração Z foi a primeira
que nasceu num ambiente completamente digital. São aqueles que nasceram entre o
fim da década de 1990 e 2010. Essa geração não precisou, como as anteriores,
fazer cursos de informática básica para lidar com computadores.
Características
da geração Z
Também chamados de nativos
digitais quem nasceu na geração Z tem uma íntima relação com o mundo digital
com a internet e com a informática. São pessoas que cresceram jogando
videogames que acompanharam de perto as inovações tecnológicas e que gostam de
consumir essas inovações quando possível.
É uma geração que não
costuma criar muitos vínculos duradouros com as pessoas. São pessoas que
aprenderam a relacionar-se pelas redes sociais e por aplicativos, que evitam
sair de casa. Quando podem, usam serviços delivery
para não precisar sair. Isso também evidencia uma forte característica dessa
geração: a desigualdade social.
Enquanto uns utilizam
serviços delivery para não sair de
casa outros têm que trabalhar para o delivery, evidenciando outro fator
marcante do mundo habitado por millennials
e nativos digitais a dissolução cada vez maior de vínculos empregatícios (e,
com isso, a dissolução dos direitos trabalhistas), que impõem aos trabalhadores
mais pobres (que são, hoje, jovens das gerações Y e Z) uma rotina exaustiva,
pouca remuneração e a falsa ideia de que são empreendedoras.
A geração Z cresceu num
ambiente inóspito e de completa insegurança em relação ao futuro. Uma graduação
universitária, por exemplo, que era significado de um bom emprego para a
geração X, já não tem mais valor. O mundo é marcado pela alta competitividade e
pela falta de emprego. A socialização pela internet levou a uma nova
configuração social dessa geração e a novos hábitos de consumo. A internet, que
deixou de ser aquela rede acessível apenas em casa pelos computadores,
tornou-se uma companheira constante através dos smartphones.
Essa combinação de
elementos evidencia os moldes da geração Z. Uma geração que cresceu acostumada
com a individualidade e com a tecnologia. Uma geração que, no caso dos mais
pobres, percebeu a desigualdade social pelo fato de que não pode acessar os
mesmos espaços que a classe mais alta. A classe mais alta da geração Z, filha
da geração X, também percebe essas contradições do mundo contemporâneo. Alguns
se revoltam e fazem da internet a interface de uma luta política e outros (a
maioria da geração Z de classe média ou alta) estão inebriados pela alta conectividade
tecnológica em que estão imersos, acostumados a receberem tudo pronto dos pais.
Geração
Z e baby boomers
Os baby boomers são as pessoas que nasceram entre o fim da Segunda
Guerra Mundial e a década de 1960. Essas pessoas pegaram um mundo muito mais
estável e que se reconstruía após a guerra. Por ser um mundo de reconstrução e
dera estabilidade, houve um expressivo aumento do número de nascimento de
bebês, por isso a expressão baby boomers,
derivada de baby boom (explosão de
bebês).
Os baby boomers são a geração ainda majoritariamente viva que mais se
contrasta com a geração Z. Se compararmos aos jovens da geração Z, eles são
exatamente diferentes culturalmente – não são acostumados à tecnologia e muito
menos são afetados à vulnerabilidade da geração Z com em relação ao emprego e à
vida amorosa.
Geração
Z no mercado de trabalho
A geração Z tem chegado ao
mercado de trabalho nos últimos anos. Para a maioria desses jovens, o que os
aguarda é o subemprego e a exploração por conta da alta competitividade e da
crescente flexibilidade das leis e das relações trabalhistas. A chamada
‘uberização’ dos serviços está cada vez mais comum entre motoristas de
aplicativos e entregadores. Também são comuns os contratos intermitentes, os
serviços por diária (diaristas) e outras formas de explorar-se o trabalho de
modo a não gerar ônus para as empresas e a gerar muito prejuízo para os
trabalhadores.
Essa situação é comum
entre as camadas mais baixas da população. A classe média é privilegiada por
não estar refém desse sistema e a classe alta é a dona do sistema. Entre a
classe média e alta aumentam-se cada vez mais o número de pessoas que trabalham
com a produção de conteúdo digital. Seja conteúdo escolar, de fianças, de modo
e de várias formas de arte, seja o mais fútil conteúdo que expõe um cotidiano
vazio de sentido e cheio de dinheiro, as pessoas que têm melhor condição
financeira fazem carreira cada vez mais oferecendo esse conteúdo digital via
redes sociais e YouTube. Esse novo
nicho é algo jamais imaginado por um baby
boomer, visto com desconfiança pela geração X e compreendido apenas a
partir dos millennials.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/geracao-z.htm
Acesso em: 28/02/2022.
Responda no
caderno:
01. Que função da
linguagem (conforme o pensamento de Roman Jakobson) prevalece no texto acima e
de que forma esse recurso contribui para que o texto possa cumprir a sua
finalidade expressiva?
02. No texto, os nativos
digitais são beneficiados pelas habilidades adquiridas de forma
igualitária? Justifique sua resposta com fragmentos do texto.
03. Quais são as
gerações que aparecem explícitas no texto? Destaque uma característica para
cada uma delas.
04. “E os homens e mulheres do presente se
distinguem de seus pais vivendo num presente ‘que quer esquecer o passado e não
parece mais acreditar no futuro’. Mas a memória do passado e a confiança no
futuro foram até aqui os dois pilares em que se apoiavam as pontes culturais e
morais entre transitoriedade e a durabilidade, a mortalidade humana e a
imortalidade das realizações humanas, e também entre assumir a responsabilidade
e viver o momento” (BAUMAN, 2001, p. 168). De que forma a citação de
Zygmunt Bauman[1]
pode orientar uma crítica ao texto em análise?
05. Pode-se inferir que
os nativos digitais são saudáveis emocionalmente? Que aspectos comportamentais
podem tornar a “geração Z” frágil em relação aos desafios diversos do presente
século?
06. “Os utilizadores consomem informações em
plataformas de mídia social cujos algoritmos criam uma bolha de conteúdos em
que a relevância não tem correspondência com a realidade” (BAKIR &
MCSTAY, 2018). Diante das considerações de Bakir & Mcstay, que fragmento do
texto pode ser combatido por revelar um prolongamento dessa realidade da
citação?
07.
Em: “(...] e isso revela uma situação
peculiar da geração Y e das gerações seguintes...” Para promover a progressão
textual, o pronome em destaque faz referência a que expressão? Reescreva do
texto um fragmento que revela o mesmo recurso.
08.
A expressão “baby
boomer” e a palavra “millennials” são utilizadas para
substituir, respectivamente, que gerações? Explique a origem desses termos.
09.
Destaque dois fragmentos do texto que trazem consigo operadores
argumentativos? Em seguida, explique o valor semântico desses registros.
10. De que forma o seu
conhecimento adquirido nas aulas de língua portuguesa, ao longo do tempo, pode contribuir
para a compreensão desse texto em foco?
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