terça-feira, 19 de março de 2024

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA - I UNIDADE DIDÁTICA - 2024

 


Variação linguística

Para refletir!

“A língua é muito mais do que um simples instrumento de comunicação. Ela é palco de conflitos sociais, de disputas políticas, de propaganda ideológica, de manipulação de consciência, entre outras e muitas outras coisas. A manipulação social da língua nos leva a votar nessa ou naquela pessoa, a comprar tal ou qual produto, a admitir que determinado evento ocorre de determinada maneira e não de outra...” (BAGNO, 2012, p. 75).

Para começar, vamos pensar um pouco sobre a contribuição de William Labov.

Vídeo em inglês, porém legendado (tradução para a língua portuguesa):

LINK 1 - VÍDEO - AQUI 

Ilari (2007, p. 151) nos ensina que “[...] a variação linguística é um fenômeno normal, que, por manifestar-se de várias formas, leva os estudiosos a falar variação diacrônica, variação diatópica, variação diastrática e variação diamésica”.

1.      Variação diacrônica

Também denominada variação histórica, a diatópica tem relação com as mudanças linguísticas que ocorrem através do tempo.

Tomemos como exemplo a gramaticalização da palavra “você”:

Você

Vossa mercê

Vosmecê

VEJAM, NA SEQUÊNCIA, ANÚNCIOS DO JORNAL CORREIO PAULISTANO, DE 1857 e 1879.

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ATENÇÃO! Além da análise linguística, cabe, aqui, um comentário crítico sobre a questão da escravização de seres humanos.

Assista ao vídeo e observe como Gilberto Freyre maneja as palavras (guardadas as devidas proporções) ao relatar o próprio cotidiano.

COTIDIANO DE GILBERTO FREYRE - 1959 => O objetivo é registrar a variação histórica, a partir da fala do Mestre de Apipucos.

LINK 2 - VÍDEO - AQUI

NOTA: Sem ignorar os pensadores que vieram logo após Gilberto Freyre (como: Florestan Fernandes, Sérgio Buarque de Holanda e muitos outros), convém ressaltar a sua contribuição  para o pensamento sociológico em seu tempo.

1.      Variação diatópica

Para Ilari (2007, p. 157), a variação diatópica é entendida como “as diferenças que uma língua apresenta na dimensão do espaço, quando é falada em diferentes regiões de um mesmo país ou em diferentes países”.

CURIOSIDADE

Segundo Ilari (2007, p. 37), a difusão da língua portuguesa se deu com as chamadas conquistas ultramarinas. Assim sendo, o autor elenca os seguintes países lusófonos: Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Brasil, Angola, Moçambique, Timor-Leste e Maca.

Um exemplo do Português Europeu pode ser visto no vídeo a seguir:

MADRE DEUS – O PASTRO

LINK 3 - VÍDEO - AQUI

Agora, para melhor entender a variação diatópica (ou geográfica), assista aos vídeos sobre os sotaques do Brasil.

VARIAÇÃO DIATÓPICA  -SOTAQUES DO BRASIL

O « R » RÓTICO (?)

LINK 4 - VÍDEO - AQUI

O “S” CHIADO

LINK 5 - VÍDEO - AQUI

USO DO “TU” E “VOCÊ”

LINK 6 - VÍDEO - AQUI

COMO AS PALAVRAS MUDAM DE ESTADO PARA ESTADO

LINK 7 - VÍDEO - AQUI

DIFERENÇA DAS PRONÚNCIAS DAS VOGAIS

LINK 8 - VÍDEO - AQUI

1.      Variação diastrática

Para melhor entender essa categoria, Ilari (2007, p. 175, grifos do autor) mostra que “uma série de diferenças entre o português falado pela parte mais escolarizada da população (que, não por acaso, é também a parte mais rica ou menos pobre) e pela parte menos escolarizada. É o fenômeno que os linguistas chamam de variação diastrática”.

Vejamos um exemplo a partir de um vídeo sobre o Mercado de São José (Recife-PE).

MERCADO DE SÃO JOSÉ – DIÁRIO DE PERNAMBUCO – HÁ 8 ANOS

LINK 9 - VÍDEO - AQUI

ATENÇÃO!

Neste particular, discutiremos as questões referentes ao preconceito linguístico.

CURIOSIDADE:

O livro Preconceito Linguístico, de Marcos Bagno, completa 25 anos de existência.

 

1.      Variação diamésica

Ainda para Ilari (2007, p. 181) a variação diamésica “compreende, antes de mais nada, as profundas diferenças que se observam entre a língua falada e a língua escrita.

FALA E ESCRITA – PARTE 1  – MARCUSCHI

LINK 10 - VÍDEO - AQUI

Referências

BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2021.

ILARI, Rodolfo. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2007.

SUCESSO!

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