sexta-feira, 14 de agosto de 2020

ROMANTISMO

LITERATURA 

Atenção! Em processo de construção e revisão.

ROMANTISMO NO BRASIL (resumo da aula)

Leonardo Ferreira da Silva

          O Romantismo foi introduzido no Brasil com a publicação do livro "Suspiros Poéticos e Saudades", de Domingos José Gonçalves de Magalhães, em 1836. Apesar do lançamento ter sido na França em Niterói - Revista Brasiliense, o autor brasileiro inaugura o movimento romântico no Brasil. 

          Como tenho dito nas minhas aulas, o Romantismo brasileiro foi fortemente marcado pela literatura europeia. Assim, autores como Johann Wolfgang Goethe, Walter Scott, George Gordon Byron, Victor Hugo, François-René de Chateaubriand e Almeida Garrett são exemplos marcantes da influência estrangeira na produção literária do Brasil.

          Didaticamente, podemos dividir a poesia em três fases, quais sejam: (i) Primeira Fases, que é denominada Nacional ou Indianista; (ii) Segunda Fase, que é tida como: Mal do Século (o surto de tuberculose da época recebeu essa denominação), Ultrarromântica ou Byroniana (porque essa fase recebeu forte influência de Lord Byron, já citado acima) e (iii) Terceira Fase, que ficou conhecida como Social, Libertária ou Condoreira (metáfora do condor). 

          O elemento indígena foi tema central de autores como Antônio Gonçalves Dias e José Martiniano de Alencar. Como se sabe, Gonçalves Dias se destacou com seus poemas e José de Alencar traçou a 'imagem' do indígena, especialmente, nos livros: Iracema, Ubirajara e O Guarani. 

          Quero destacar, nesta parte introdutória, as produções que remetem ao Romantismo nas artes plásticas e na música: Nesse sentido, evidencio a tela Iracema (1881), de José Maria de Medeiros e Marabá (1882), de Rodolfo Amoedo. Na música, convém destacar a ópera "Il Grarany", de Antônio Carlos Gomes (1870). Conforme prometi, ofereço um link que levará o internauta a uma pequena demonstração da peça musical.

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👉👉 https://www.youtube.com/watch?v=rRUMTl4gIng

Abertura de O Guarani, de Antônio Carlos Gomes (1836-1896)

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          Ao apreciarmos essa parte da composição sugerida acima, notamos a grande envergadura artística do músico brasileiro, que levou para o mundo imagens que remetem à produção de Alencar. 

          No entanto, vale advertir que essa percepção não é unânime, pois alguns críticos literários e outros estudiosos têm uma visão antagônica a essa. Refiro-me aos "deslizes" de José de Alencar, ao representar o nativo. Embora o escritor cearense tenha "pintado" uma imagem fantasiosa (e até heroica) de Peri, estudiosos, como Alfredo Bosi, fazem críticas ácidas a essa concepção. Para melhor entendermos, a seguir, irei transcrever um excerto de "O Guarani":

"Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.

Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores  erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência. 

Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negas o pescoço flexível.

Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, omada com uma axorca de frutos amarelos, apoiava-se sobre as flechas com a mão direita caída, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo". 

          Esse fragmento da obra revela uma imagem do indígena, que remeta ao mito do "bom selvagem", de Jean-Jacques Rousseau, na qual "o homem nasce puro e inocente em seu estado natural, porém a sociedade o corrompe" (...) 

          Na sequência, faço uma "ponte" entre o indígena representado em Alencar e, guardadas as devidas proporções, o indígena em pleno século XXI. Em minhas aulas, trago algumas reflexões contextuais sobre as comunidades indígenas, que têm resistido ao longo dos séculos. Nesse contexto, convém exibir o censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que revela um contingente de 800 mil indígenas no Brasil. Ao constatar que o número de indígenas vem diminuindo a cada ano, levanto questionamentos para que os estudantes possam discorrer sobre o assunto.  Nesse sentido, pretendo oferecer uma reflexão crítica sobre questões que envolvem essas pessoas e, ao mesmo tempo, trago, com certa frequência, temas transversais, a fim de que os estudantes possam compreender as diferentes perspectivas que o assunto exige. Além disso, faço menção das publicações jornalística sobre o assunto (por exemplo, matéria que trata da chegada de Covid-19 "a região próxima de indígenas isolados do Amazonas", 👉 https://veja.abril.com.br/noticias-sobre/indios/). Assim, procuro mostrar o 'cenário' atual dos povos indígenas a partir de periódicos nacionais e internacionais, bem como, aprofundo o debate com inserções de teorias do campo da sociologia e da antropologia.

(...)   

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Para mostra o processo de avaliação contínua nas videoconferências, escrevi esse cordel para explicar o método de forma lúdica.

VERSOS PARA GUIAR NOSSOS ESTUDOS 

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👉https://www.youtube.com/watch?v=AZkD5XIhpYg

(Link do canal do Prof. Leonardo Ferreira: animação do poema).

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Na rima para avaliar 

Leonardo Ferreira da Silva

Prezados internautas

Peço licença para falar

Sei que muita gente gosta das aulas acompanhar 

Sei que outros ainda

Precisam nesta aventura entrar


Estava em minha casa

Estudando e a planejar

Apareceu um passarinho

Começou a cantarolar

Disse que tem internauta

que minha aula não quer acompanhar

 

Aquilo me deixou curioso

Quero logo confessar 

Continuou o passarinho no seu cantarolar

Que exitem aqueles que acessam os links

Mas as aulas não querem acompanhar


Deixam o celular ligado

E vão pelo mundo andar

Continuou o passarinho

que não queria parar


O meu interesse ficou maior

Pela notícia que o pássaro passou a falar

Pois alguns estudantes preferem um filme 

Outros querem jogar 


Diante disso tudo

Preciso pontuar

Agradeci ao passarinho 

Que veio me informar

Para na aula de hoje 

Ninguém me enganar 


Vou fazer uma chamada 

Todos devem acompanhar

A avaliação é contínua

Devem observar


Isso vale para a plataforma

Devo recomendar

A participação nos cometários

Eu vou pontuar

Quando começarem os seminários

Todos precisam anotar

Porque no tempo certo

Uma pergunta vou lançar


Aquele que prontamente

A resposta não falar

Não terá pontuação para a nota completar


Para isso não precisa

Ficar em aflição

Por causa do dia do estudante 

Todos têm o meu perdão


Mesmo assim fiquem atentos

A toda explanação

Vou fazer perguntas

Sem muita adulação

Cuidado com o passarinho 

Que levantou a questão  


Penso que tudo ficou claro

Para a vossa compreensão 

Não esqueçam o processo contínuo de nossa avaliação

Agradeço a todos vocês do fundo do coração

Toda essa gente bonita desta nova geração


Leonardo Ferreira da Silva (11/8/2020)


          Na sequência, fiz uma introdução sobre a prosa no Romantismo. Nesse particular, apresentei alguns slides com tópicos e imagens sobre as seguintes produções: A Moreninha, O Guarani, Ubirajara, Iracema, Senhora, Diva, Cinco Minutos, Memórias de um Sargento de Milícias, A Escrava Isaura, Inocência e outros. Antes, porém, contextualizei as obras no plano histórico e destaquei o estilo de cada autor. Além disso, agrupei os romances em categorias: (i) urbanos ou de costumes, (ii) regionalistas, (iii) históricos, (iv) rurais e (v) indianistas, como pode ser visto no link abaixo:

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CONFIRA OS DETALHES

👉  https://www.youtube.com/watch?v=bZ0nV9hEAB0&t=12s

(Canal do Prof. Leonardo Ferreira: a prosa no Romantismo)          

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          Ao aprofundar o estudo, frisei alguns aspectos da narração, como: tipos de narrador, personagens, espaço, tempo, clímax, desfecho etc. 

          Em outra ocasião, lancei uma proposta para apresentação de seminários.  Para realizar essa etapa, os estudantes receberam - através da plataforma Google Classroom - sugestões para a elaboração dessa atividade (individual ou em grupo). Na mesma plataforma, os estudantes receberam orientações sobre pesquisa da biografia e da bibliografia dos autores,  foram orientados sobre a elaboração de slides, sobre a diferença entre narrador e autor, sobre personagens (protagonista, antagonista etc.), sobre espaço, sobre tempo, sobre foco narrativo, sobre verossimilhança, sobre temas transversais (como o problema do racismo, como 'tipo de exploração', como os reflexos do passado histórico no presente etc.). Ao longo da semana que precedeu a aula, os estudantes fizeram vários e importantes comentários sobre a elaboração dos seminários. Na aula subsequente, os estudantes apresentaram os trabalhos com muita segurança e profundidade teórica. Ao longo das apresentações, os aprendizes fizeram perguntas interessantes e puderam expressar a opinião. Aproveitei o ensejo para dirimir as dúvida e mostrar a diferença entre "opinião" e "fato". Para cumprir os meus objetivos, levantei questões que aparecem tanto no programa do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) da Universidade de Pernambuco, quanto no programa do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

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Acesse o link de exercícios resolvidos:

👉https://www.youtube.com/watch?v=cXRkK1xl_p0

(Canal do Prof. Leonardo Ferreira: resolução de exercícios sobre a prosa no Romantismo).          

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      O PROCESSO AVALIATIVO é contínuo e envolve: pesquisa, participação nas videoconferências, interação, comentários na página da plataforma, produção de texto, resolução de questões, leitura complementar do blog e AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

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