segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

LER E COMPREENDER: ATIVIDADE PARA OS 1os ANOS - 06/02/2024

 


LER E COMPREENDER - ATIVIDADE PARA OS 1os ANOS - SEMANA - 06/02/2024

Queridos internautas, é uma satisfação começar mais uma ano com os nossos estudos linguísticos. Para esta semana, trago um texto muito útil para a convivência saudável tanto de forma presencial, quanto em ambiente virtual. Assim sendo, leiam o texto e escrevam as respostas no caderno. 

Sucesso!

Volta às aulas: Escolas e pais devem estar atentos a episódios de bullying e cyberbullying

No mês de janeiro, foi sancionada a Lei 14.811/2024 que incluiu os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal

(Mirella Araújo)

O ambiente escolar deve ser um espaço seguro e inclusivo. Por isso, professores, pais ou responsáveis devem estar atentos a episódios de bullying ou cyberbullying  nesse retorno às aulas. No Brasil, 40% dos estudantes adolescentes admitiram ter sofrido bullying na escola, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (peNSE).

No mês de janeiro, a presidência da República sancionou a Lei 14.811/2024, que institui a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente, e inclui os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal, ampliando a punição de crimes cometidos contra o público infantojuvenil.

Para a advogada Thayuana Araújo é importante que as escolas e os responsáveis compreendam a definição que a lei apresenta sobre cada um deles.

“A lei trás que o bullying é ‘intimidar sistematicamente, individualmente ou em grupo, mediante violência física ou psicológica, uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de atos de intimidação, de humilhação ou de discriminação ou de ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais’. Mas o que seria essa intimidação sistemática? Pode ser uma exposição de uma foto com intenção de ridicularizar. Uma adulteração de uma imagem. A pena do bullying é multa”, explicou Thayuana. “Já o cyberbullying, se essa conduta é realizada na rede social, na rede de computadores, aplicativos e jogos online tem uma pena de reclusão, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa, se a conduta não constituir crime mais grave. A lei afeta completamente práticas inadequadas no ambiente virtual e reprime que situações como essa ocorram”, completou a advogada.

A advogada Thayuana Araújo explica que antes havia uma cultura de que a internet era uma “terra sem lei” e de impunidade das práticas de bullying e cyberbullying.

Diante da nova legislação, Thayuana explicou que as unidades de ensino podem criar um código de conduta orientando toda comunidade escolar (professores, alunos pais) acerca das responsabilidades individuais e coletivas de coibir e denunciar a prática. “Estabelecer medidas que podem ser aplicadas, desde a advertência, suspensão até a denúncia da prática aos órgãos competentes. Além disso, as unidades de ensino precisam ficar atentas às novidades legislativas trazidas pela lei. Os estabelecimentos educacionais e similares, públicos ou privados, que desenvolvem atividades com crianças e adolescentes, independentemente de recebimento de recursos públicos, deverão manter fichas cadastrais e certidões de antecedentes criminais atualizadas de todos os seus colaboradores”, esclareceu.

AÇÕES DESDE O PRIMEIRO DIA

Liliane Feitosa de Oliveira Sousa Brito, mestra em sociologia pelo Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio), acredita que a nova legislação ao triplicar o bullying e o cyberbullying representa um avanço significativo quanto à proteção das vítimas e na responsabilização dos agressores. “Isso certamente reforça as ações que já são trabalhadas nas escolas, pois traz uma base legal mais sólida para lidar com essas questões. No entanto, é fundamental que as escolas estejam preparadas para lidar com o bullying, tanto em termos de prevenção quanto de intervenção”, pontuou Liliane.

Ela é autora do vídeo-documentário “Bullying: descortinando a violência escolar”, que teve como ponto de partida o levantamento da PeNSE, trazendo relatos de estudantes do 1º ano da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Dom Vital, localizada no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife.

“Acredito que as escolas precisam estar mais preparadas para tratar esse tema, considerando a responsabilidade ampliada pela nova legislação. Isso inclui a implementação de políticas de prevenção, além de suporte adequado para as vítimas e medidas disciplinares para os agressores. Isso tem que ser pensado desde o primeiro dia” disse Liliane Feitosa.

FAMÍLIA PRECISA PARTICIPAR DO PROCESSO

A professora Marcionila Nascimento, da Escola Técnica Estadual (ETE) Professor Alfredo Freyre, localizada no bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife, destacou que a escolha do tema do ano letivo da rede estadual também tem como foco intensificar as atividades e ações de prevenção ao bullying.

Neste ano, as escolas públicas do Estado vão trabalhar com o tema: “Relações Étnico-Raciais: educar para o (re)conhecimento e a valorização da diversidade e da diferença”.  “Acredito que já iniciamos com um tema muito importante que é a educação antirracista, envolvendo também um trabalho contra o bullying. Dentro da escola, nós temos ações que são realizadas nos quatro bimestres com atividades relacionadas a esse tema. Em sala de aula trabalhamos com vídeos, roda de diálogo, porque é fundamental fazer a escuta dos alunos, jogos educativos e lúdicos”, afirmou a professora.

Marcolina chama atenção para o papel dos pais ou responsáveis dos alunos para ajudar no combate a essas práticas. “Isso tem que começar na família, porque ela é a grande primeira instituição na qual o ser humano convive e tem interações. Então, ele traz também de casa, muitas situações para dentro da escola onde vamos trabalhando, tentando desmistificar e combater. O respeito ao corpo das pessoas, ao jeito que a pessoa usa o cabelo, a cor da pele, tem que começar desde muito cedo”, declarou a professora da ETE Professor Alfredo Freyre.

Disponível em: https://jc.ne10.uol.com.br/colunas/enem-e-educacao/2024/01/15665839-volta-as-aulas-escolas-e-pais-devem-estar-atentos-a-episodios-de-bullying-ou-cyberbullying.html Acesso em: 5 de fev. 2024.

Responda, conforme informações do texto acima:

01.  Você já praticou, sofreu ou conhece alguém que praticou ou sofreu bullying ou cyberbullying? Escolha um caso e comente causas e consequências desse ato.

02.  Destaque do texto (escreva o fragmento) duas estratégias argumentativas utilizadas pela autora do texto, com finalidade de persuadir os seus interlocutores (leitores). Exemplifique e comente.

03.  Quais são os caminhos ofertados pela autora do texto para evitar ações criminosas nas escolas e no ambiente digital?

04.  Em: “Então, ele traz também de casa, muitas situações para dentro da escola, onde vamos trabalhando, tentando desmistificar e combater”, as palavras em destaque fazem referência, respectivamente, a que termos? Do pondo de vista da coesão e da coerência, como essas palavras podem promover a progressão textual?

05.  Destaque do texto (reescreva) uma sequência explicativa e comente de que forma essa macroproposição é útil para garantir a informatividade do texto. Explique.

06.   Tomando por base a ideia central do texto, a manchete e o lide, que informações implícitas podem ser elencadas?

07.  Segundo R. Jakobson, a metalinguagem  se constitui “como um procedimento que utiliza o próprio código para explicar um termo”. Nesse sentido, destaque (reescreva) do texto uma ocorrência de metalinguagem e explique de que forma esse recurso contribui para a objetividade do texto.

08.  Destaque (reescreva) um fragmento que corresponde a um discurso direto. Em seguida, explique a relevância desse recurso no gênero discursivo em tela.

09.  Escreva duas características do gênero discursivo em análise. Na sequência, explique por que este gênero do domínio discursivo jornalístico não se confunde com um poema, por exemplo.

10.  Os verbos expressos na manchete e no primeiro parágrafo do texto são deônticos ou epistêmicos? Por que tais verbos reafirmam a ideia central do texto? Explique.


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